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BCP funde 75 acções em vez de 193
Em plena assembleia-geral, a administração do BCP aceitou alterar o rácio do "stock split". O Banco Comercial Português vai fundir 75 acções em vez das 193 acções que inicialmente estava proposto.
O Banco Comercial Português vai fundir 75 acções em vez das 193 acções que inicialmente estava proposto, se a proposta for aceite na assembleia-geral de accionistas desta quinta-feira, 21 de Abril.
No arranque da reunião, a proposta era que cada lote de 193 acções formasse uma nova acção. Depois de alguma polémica na assembleia-geral, que se realiza no Lagoas Park Hotel, e tendo em conta que a votação do agrupamento de acções foi um dos temas que mais tempo demorou, a administração colocou à votação uma nova proposta para a fusão. 99,86% dos accionistas presentes na assembleia-geral de accionistas, reunida no Lagoas Park Hotel, aprovaram a proposta da gestão de Nuno Amado de fusão de acções, com o novo rácio de 75 acções.
Cada futura acção do BCP vai valer tanto como 75 títulos valem actualmente. Com a operação, o BCP pretende deixar de pertencer ao grupo das "penny stock" ("acções tostão"), escapando à volatilidade a que os títulos que valem cêntimos estão sujeitas. Ao fecho desta quinta-feira, cada acção da entidade bancária valia 3,9 cêntimos. Se já estivessem 75 acções reunidas, a cotação do BCP seria de 2,925 euros.
O ponto nove da ordem de trabalhos previa a alteração do contrato do BCP para acrescentar uma alínea que permite à assembleia-geral "aprovar a divisão, ou o reagrupamento com ou sem redução de capital social, das acções representativas do capital social do banco". Neste ponto, 99,89% aceitou a proposta.
O ponto dez visa efectivamente a própria proposta, em que se propõe o reagrupamento, sem redução do capital social, de 75 títulos.
Contudo, isto não quer dizer que o banco valesse mais já que haveria menos acções cotadas no mercado. Na prática, não há uma alteração do valor real do banco apenas da cotação.
Noutros pontos da reunião, os accionistas aprovaram a contratação da Deloitte para auditor externo para o triénio 2016/2018 e abriram a porta à entrada de novos accionistas.