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BCP ganha quase 6% depois de aprovar fusão de acções

O banco liderado por Nuno Amado já disparou mais de 5% no dia seguinte à assembleia-geral que abriu portas à entrada de novo investidor e aprovou a fusão de 75 acções numa só. BCP quer devolver parte da ajuda estatal nas próximas semanas.

Nuno Amado é o 29.º Mais Poderoso 2015
O ano está a correr menos bem do que 2014, ano em que reembolsou a ajuda do Estado muito mais do que previa, limpou do balanço a dívida com garantia de Estado e fez um aumento de capital. Continuou a reduzir o número de colaboradores e de agências sem qualquer drama. Mas este novo ano revela que enfrenta a limitação de poder que se impõe cada vez mais sobre os banqueiros, reflexo da regulação. E que tem pela frente desafios que para serem ultrapassados precisa dos accionistas. A sua descida é também a imagem do abalo de poder que se abate sobre Portugal.
22 de Abril de 2016 às 08:13
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Os títulos do banco liderado por Nuno Amado já estiveram a disparar quase 6% nesta sexta-feira, 22 de Abril, somando a terceira sessão de ganhos no dia seguinte à assembleia-geral que abriu a porta à entrada de um novo investidor e aprovou a fusão de 75 acções numa só. 

Os papéis do BCP abriram a sessão a ganhar 1,03% para os 0,039 euros e já estiveram a valorizar 5,9% para os 0,041 euros às 8:30, em máximos de quase um mês (29 de Março). Ainda no sector financeiro, o BPI transacciona entre ganhos e perdas, somando 0,09% para os 1,076 euros, depois de três sessões em queda.

Ao longo de seis horas, os accionistas que representavam pouco mais de 44% do capital do BCP deram esta quinta-feira luz verde à proposta de fusão de acções, que ficou contudo abaixo do inicialmente proposto pela administração - da conversão de 193 títulos num, aprovou-se o agrupamento de 75 acções numa só.

À cotação de abertura desta sexta-feira cada nova acção resultante da conversão resultaria num título a valer 2,925 euros. A fusão de acções, contudo, só avançará quando houver enquadramento legal, de acordo com a administração. 

Nuno Amado reafirmou também a vontade de olhar para o Novo Banco assim que lhe sejam retiradas as imposições impostas pela Comissão Europeia. "Analisaremos todas as oportunidades que pudermos analisar", declarou o presidente executivo da instituição à porta da assembleia-geral - e disse pretender devolver parte da ajuda estatal recebida em 2012 nas próximas semanas, condicionada pelo final da fusão do Millennium com o Banco Privado Atlântico em Angola. 

Além da conversão, os accionistas viabilizaram também a possível entrada de novos investidores no capital da instituição, através de aumentos de capital em que os actuais accionistas abdicam do direito de preferência na subscrição. Este reforço pode chegar a um máximo de 20% da capitalização bolsista, que ao fecho desta quinta-feira significaria um máximo de 460 milhões de euros.

Sobre a mesa e aprovada também esteve a alteração de auditor do banco, que ao fim de 30 anos deixa de ser a KPMG, sendo substituída pela Deloitte.

(notícia actualizada às 8:43 com mais informação)
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