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Concorrência tem ditado queda dos "spreads", dizem os bancos

Os critérios de concessão de empréstimos permaneceram, no geral, estáveis no último trimestre do ano passado. Quem o diz são as instituições financeiras.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Janeiro de 2016 às 12:38
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A maior concorrência entre os bancos tem permitido uma redução dos "spreads" tanto no crédito a particulares como a empresas. Esta é uma das conclusões do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, relativo ao quarto trimestre do ano passado, publicado pelo Banco de Portugal.

"Algumas instituições reportaram que a pressão exercida pela concorrência, a percepção dos riscos com a situação económica geral e o mercado de habitação, em particular, bem como o menor custo de financiamento e de restrições de balanço, contribuíram para reduzir ligeiramente o nível de restritividade na concessão de empréstimos a empresas ou particulares", refere o inquérito, divulgado esta terça-feira.


Nesse sentido, todos os cinco bancos da amostra indicaram uma redução dos "spreads" aplicados nos contratos de risco médio tanto a pequenas e médias empresas como a grandes empresas. Além disso, alguns bancos apontaram condições menos restritivas ao nível das comissões e outros encargos não relacionados com taxas de juro e da maturidade.


Nos particulares, algumas instituições revelaram uma "ligeira redução" nas margens exigidas nos créditos à habitação e ao consumo. Nos empréstimos para a compra de casa, alguns bancos sublinharam que as "pressões exercidas pela concorrência e a percepção mais favorável dos riscos especialmente associados às perspectivas do mercado da habitação, incluindo a esperada evolução dos preços da habitação, terão contribuído para uma menor restritividade dos critérios aplicados nos empréstimos".


Contudo, as mesmas instituições sublinham que os critérios de concessão de empréstimos "terão permanecido, em termos globais, relativamente estáveis no quarto trimestre de 2015, tendo apenas uma instituição reportado uma ligeira melhoria nos empréstimos a grandes empresas".


E, para os primeiros três meses do ano, nenhum banco antecipa alterações nos critérios de concessão de crédito às empresas, não estando também previstas "alterações significativas" nos empréstimos a particulares.


No que se refere à procura, a "maioria das instituições participantes no inquérito reportou uma estabilização generalizada na procura de empréstimos por parte das empresas, no quarto trimestre de 2015, tendo duas instituições reportado um aumento ligeiro". Além disso, também se verificou um "aumento da procura de empréstimos para habitação por parte dos particulares e um aumento ligeiro da procura de empréstimos para consumo".


E prevê-se também que, no arranque deste ano, se verifique "um aumento ligeiro da procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte de PME e nos empréstimos de curto e de longo prazo" bem como no segmento dos particulares.

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