Notícia
Malparado aumenta nas famílias, mas desce nas empresas
O montante de crédito de difícil recuperação que os bancos tinham em carteira diminuiu em Novembro. Uma evolução permitida pela descida do montante de malparado relativo às empresas.
- 3
- ...
Os bancos nacionais tinham, em Novembro, 18.883 milhões de euros em crédito malparado, segundo os dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira. Trata-se de uma queda face aos 18.974 milhões de euros relativos ao mês de Outubro. Esta evolução ficou a dever-se ao menor montante de crédito de difícil recuperação no caso das empresas, uma vez que nas famílias aumentou.
Do montante de financiamento concedido às empresas, 16,26% estava dado como malparado, em Novembro. Uma percentagem que fica abaixo dos 16,37% registados em Outubro.
No que diz respeito às famílias, a percentagem de crédito de cobrança duvidosa aumentou. Passou de 4,42% para 4,43% do total de financiamento concedido. Desde o final de 2013, que mais de 4% do montante emprestado a particulares está dado como malparado.
Por segmento de financiamento, é no crédito ao consumo e para outros fins que o malparado mais aumentou. Um aumento que, em termos temporais, coincide com a diminuição das novas operações nestes casos.
No crédito ao consumo, 10,65% do montante emprestado era, em Novembro, de cobrança duvidosa. Esta percentagem compara com os 10,57% atingidos um mês antes. Já nos empréstimos para outros fins, o malparado passou a representar 15,84% do total financiado, mais do que os 15,74% que pesava um mês antes.
Mas, no crédito à habitação, o montante de malparado registou uma ligeira diminuição. Passou de 2,59% para 2,58%, isto num mês em que as novas operações de empréstimos atingiram o valor mais elevado desde Maio de 2011, um mês depois do pedido de ajuda externa.