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Bancos antecipam que a procura de crédito vai ficar inalterada

As instituições financeiras justificam a procura de crédito, por parte das famílias, com a melhoria da confiança e o nível das taxas de juro.

Lusa
22 de Janeiro de 2019 às 14:45
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Depois de terem registado um aumento da procura por financiamento tanto por parte das empresas como por parte das famílias, os bancos acreditam que esta deverá ficar inalterada no arranque deste ano, revela o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito relativo a janeiro.


"No último trimestre de 2018, algumas instituições assinalaram um ligeiro aumento da procura de crédito por parte das empresas, no segmento das PME e das grandes empresas, com maior destaque para os empréstimos de longo prazo", começa por revelar o inquérito do Banco de Portugal.


Quanto às famílias, alguns bancos mencionaram um "ligeiro aumento" da procura de crédito à habitação e para consumo e outros fins. As instituições justificam esta evolução sobretudo com a melhoria da confiança dos consumidores e o nível geral das taxas de juro. "No segmento do crédito à habitação, foram ainda referidas as perspetivas favoráveis do mercado de habitação, incluindo a esperada evolução de preços da habitação", acrescenta o Banco de Portugal.


Para este trimestre, a maioria das instituições prevê uma procura de empréstimos ou linhas de crédito por parte das empresas praticamente inalterada. No segmento dos particulares, a maioria dos bancos antecipa também que a procura de crédito permaneça "praticamente inalterada", mas um banco prevê uma ligeira diminuição em ambos os segmentos e outro banco projeta um ligeiro aumento só no consumo e outros fins.


Relativamente às condições de financiamento a empresas, nos últimos três meses do ano passado, permaneceram inalteradas face ao trimestre anterior. "Não obstante, duas instituições reportaram ‘spreads’ ligeiramente mais baixos nos empréstimos de risco médio, para as PME e grandes empresas", revela o inquérito do Banco de Portugal.

Já uma das instituições apontou um "ligeiro agravamento" das comissões e outros encargos não relacionados com taxas de juro, em ambos os segmentos de empresas.


"A justificar a adoção de termos e condições ligeiramente menos restritivos, uma instituição indicou as pressões exercidas pela concorrência, que contribuíram ligeiramente para a diminuição dos ‘spreads’, nos empréstimos de risco médio e nos de maior risco", acrescenta o mesmo documento.


Quanto aos empréstimos às famílias, a generalidade dos bancos mencionou critérios de concessão de crédito praticamente inalterados face ao terceiro trimestre. Contudo, um banco mencionou "critérios ligeiramente mais restritivos, em virtude das condições regulatórias".


Recorde-se que, em julho, entraram em vigor as recomendações do Banco de Portugal que vão no sentido de serem aplicados limites (prazo do crédito, taxa de esforço das famílias e percentagem de financiamento face ao valor do imóvel) nas novas operações de crédito ao consumo e à habitação.


Já outro banco referiu que as pressões da concorrência exercidas por outras instituições e as perspetivas económicas gerais "terão contribuído ligeiramente para atenuar a restritividade dos critérios no crédito para aquisição de habitação".


Além disso, "no último trimestre de 2018, a generalidade dos bancos indicou que a proporção de pedidos de empréstimo de empresas e de particulares rejeitados na íntegra permaneceu inalterada", frisa o mesmo inquérito.


E, para os primeiros três meses deste ano, a generalidade dos bancos não prevê alterações nos critérios de concessão de crédito a empresas e a particulares. Apenas um banco antecipa um ligeiro aumento da restritividade nos critérios de concessão de crédito a particulares.

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