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Yuan cai para mínimos de cinco anos e acções sobem após intervenção

A desvalorização da taxa de referência da moeda levou o yuan para mínimos de cinco anos, enquanto as bolsas chinesas registaram uma recuperação de cerca de 2%.

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Confidence Crumbles: Yuan Sinks to a Five-Year Low
06 de Janeiro de 2016 às 08:56
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O yuan recuou para o valor mais baixo em cinco anos, isto depois do banco central chinês ter cortado a taxa de referência da moeda, uma indicação que as autoridades do país poderão estar mais tolerantes em relação a desvalorizações futuras para sustentar o crescimento económico. As acções reagiram em alta à intervenção cambial. O CSI 300 valorizou 1,8%.


O banco central da China surpreendeu mais uma vez os mercados com uma intervenção no mercado cambial. A autoridade cortou a sua taxa de fixação diária para o valor mais baixo desde Abril de 2011, levando o yuan a tocar em mínimos de Março de 2011. A moeda cedeu 0,6% no mercado mais liberalizado de Hong Kong para 6,6964 por dólar, enquanto no mercado "onshore" estava em 6,5523 por dólar. 

A diferença entre as duas taxas de câmbio da moeda chinesa, no mercado "offshore" e "onshore", aumentou para um valor inédito. A taxa em Hong Kong caiu para um desconto recorde de 2,2%, face a Xangai, assinala o Financial Times.


A China surpreendeu pela primeira vez o mercado em Agosto, quando desvalorizou a moeda inesperadamente, dando o mote para a forte correcção que se seguiu nos mercados financeiros durante o Verão.


Porém, ao contrário do que aconteceu nas outras alturas em que as autoridades interferiram no mercado cambial, este movimento foi bem recebido pelos investidores. Acreditam que é um sinal que a China está disposta a recorrer à desvalorização do yuan para suportar o crescimento da economia, que atravessa um período de ajustamento.


Acções recuperam


Depois de a negociação na primeira sessão do ano ter sido suspensa quando caía 7% e de ter avançado ontem uns meros 0,28%, o índice chinês CSI 300 valorizou 1,8% esta quarta-feira, 6 de Janeiro. Já a bolsa de Xangai – que tombou 7,1% nas duas primeiras sessões do ano – ganhou 2,3%.


As autoridades chinesas têm tentado travar a pressão vendedora que tomou conta das bolsas chinesas no arranque de 2016, através de uma intervenção directa no mercado. Os fundos governamentais estiveram activos na compra de títulos na última sessão, para impedir quedas mais expressivas.


Estas medidas parecem estar a conseguir acalmar os receios dos investidores, num mercado em que o grosso das acções está nas mãos de investidores domésticos e que muitos dos títulos foram comprados com recurso a crédito.

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