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Alemanha e França pedem repressão global contra a bitcoin

Os ministros das Finanças da Alemanha e França, bem como a maior parte dos banqueiros centrais, juntaram-se para apelar a uma repressão global contra a bitcoin e as outras criptomoedas.

A bitcoin vai atingir um máximo histórico de 60.000 dólares em 2018, com uma capitalização de mercado acima de um bilião de dólares, uma vez que o surgimento do contrato de futuros para esta criptomoeda levou a uma onda de envolvimento por parte de investidores e fundos que se sentem mais confortáveis a negociar futuros do que a endossar fundos a bolsas de criptomoedas. No entanto, o fenómeno bitcoin irá “ficar sem tapete” conforme a Rússia e a China forem travando, e até mesmo proibindo, as moedas virtuais. Após o espectacular pico em 2018, a bitcoin irá colapsar e assomar-se a 2019 perto do seu “custo de produção” de 1.000 dólares.
reuters
09 de Fevereiro de 2018 às 14:56
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O Financial Times noticia esta sexta-feira, 9 de Fevereiro, que os ministros das Finanças da Alemanha e França, a que se junta vários banqueiros centrais, assinaram uma carta dirigida aos congéneres dos países do G-20 em que apelam a uma repressão contra as criptomoedas e alertam para os riscos subjacentes a estes activos.

 

As criptomoedas "colocam riscos substanciais para os investidores" e para a estabilidade financeira no longo prazo. A carta é assinada pelo alemão Peter Altmaier, pelo gaulês Bruno le Maire e pelos responsáveis dos bancos centrais de França (François Villeroy de Galhau) e Alemanha (Jens Weidmann).

 

Os responsáveis notam que as criptomoedas são "enganadoramente classificadas como divisas nos media e na Internet", sendo que a "falta de transparência" sobre estes produtos "alimentam a especulação".

 

Tal como membro do BCE Yves Mersch já tinha dado conta, os responsáveis de França e Alemanha assinalam que as criptomoedas têm implicações "limitadas" na estabilidade do sistema financeiro, embora façam a advertência que estas têm que ser "monitorizadas de perto".

    

Apelam ainda a uma protecção dos investidores de retalho na criptomoedas que "não entendem os riscos a que se estão a expor". E distinguem as criptomoedas da tecnologia que lhe está associada, pois há "uma clara diferença" entre as moedas digitais como a bitcoin o potencial da tecnologia blockchain.

 

Esta carta, que está a ser citada pelo Financial Times, representa mais um factor de pressão sobre as moedas digitais, dado que quase todos os dias surgem vozes de alerta sobre as criptomoedas no mundo financeiro.   

 

Draghi advertiu que a bitcoin e outras criptomoedas são "activos muito arriscados", que devem ser mantidos com prudência, nomeadamente por bancos. 


O director-geral do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) apelou aos governos e reguladores para que tomem medidas no sentido de travar a propagação das criptomoedas para proteger os cidadãos e os investidores.

 

Benoît Coeuré, membro do Conselho Executivo do BCE, afirmou em Janeiro que os líderes dos países que integram o G20 planeiam discutir a criação de uma estrutura regulatória para o funcionamento das moedas digitais quando se voltarem a reunir, em Março, num encontro que terá lugar em Buenos Aires.

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