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JPMorgan: Oferta dos chineses pela EDP é "demasiado baixa"

O banco de investimento norte-americano considera que a oferta da China Three Gorges (CTG) é "demasiado baixa" e espera que os accionistas minoritários reclamem um valor maior.

Bloomberg
14 de Maio de 2018 às 09:46
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O prémio oferecido pelos chineses na OPA à EDP e à EDP Renováveis é "demasiado baixo". É assim que o JP Morgan vê o anúncio preliminar da oferta pública de aquisição da passada sexta-feira. O salto da EDP no PSI-20 esta segunda-feira é destacado pelo banco de investimento norte-americano. 

Para o analista do JP Morgan, Javier Garrido, o valor oferecido pela China Three Gorges (CTG) "parece ser demasiado baixo para alcançar o controlo da empresa". Também esta sexta-feira o banco de investimento norte-americano reviu em alta o preço-alvo da EDP de 2,95 euros para 3,26 euros (o valor da contrapartida), mantendo uma recomendação neutral. Já na EDP Renováveis reviram em alta de 7,50 euros para 8,20 euros com uma recomendação "overweight". 

A oferta comunicada na passada sexta-feira significava um prémio de 4,8% face ao valor de fecho. Contudo, as acções da empresa dispararam na sessão desta segunda-feira e já se encontram acima do preço oferecido. Ou seja, aumentou o risco de insucesso desta oferta dos chineses. 

Na nota enviada aos clientes, citada pela Bloomberg, o JP Morgan considera provável que os accionistas minoritários peçam um preço mais alto para venderem a sua parte da empresa. Isto porque o preço da oferta é cerca de 5,5% inferior ao que os chineses pagaram na privatização de 2011, além de ser inferior ao histórico da EDP na bolsa nacional nos últimos anos.

Uma análise corroborada pelos analistas do CaixaBI que não acreditam no sucesso da operação. "O preço da oferta [sobre a EDP] é demasiado baixo para que a mesma possa ter sucesso", afirmam, referindo que no caso da EDP Renováveis o sucesso é ainda mais reduzido. 

Também a casa de investimento do BPI e do CaixaBank, que classifica o prémio de "magro",  prevê que haja pedidos de "outros accionistas para pedirem mais pela transferência de controlo, o que poderá levar a uma revisão da contrapartida", algo antecipado já pelo Negócios. A CTG tem sempre a possibilidade de corrigir o preço em alta para convencer os accionistas e responder a eventuais ofertas concorrentes, algo que os analistas acreditam que venha a acontecer.

Já o BBVA aumentou o preço-alvo da EDP de 2,75 euros para 3,60 euros, o que implica um aumento de 16% face ao valor de fecho de sexta-feira.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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