Notícia
EDP prepara-se para rejeitar preço da OPA da China Three Gorges e contrata bancos para defesa
A cúpula da EDP deverá rejeitar o preço oferecido pela CTG, por o considerar baixo tendo em conta a valorização da eléctrica.
O conselho de administração executivo da EDP prepara-se para rejeitar o preço oferecido pela China Three Gorges (CTG) no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a eléctrica portuguesa.
A notícia está a ser avançada pela Bloomberg esta segunda-feira, 14 de Maio, dando conta que o conselho de administração da EDP deverá reunir-se esta semana para definir a forma de se defender da OPA, tendo para o efeito já contratado vários bancos de investimento como assessores, entre eles o UBS.
Conforme o Negócios apurou, a administração da EDP não considera esta OPA hostil. A dúvida em relação a esta operação deve-se ao preço oferecido, pois a administração esperaria uma valorização maior da empresa. Esta posição deverá ficar expressa no relatório que a administração da EDP fizer sobre esta oferta. É de destacar que a contratação de bancos pelo conselho de administração neste cenário de OPA é um procedimento normal.
A agência aponta que esta rejeição acontece por a oferta da CTG ser baixa (3,26 euros por acção). Esta oferta representa um prémio de 4,86% face à cotação de fecho de sexta-feira, 11 de Maio. O valor de oferta já foi ultrapassado esta segunda-feira, com a acção da EDP a subir 10,35% na bolsa de Lisboa para 3,4320 euros.
O Negócios questionou a EDP sobre a notícia avançada pela Bloomberg, mas a companhia não quis fazer comentários.
Cinco bancos de investimento já aumentaram a avaliação da EDP. Ainda assim a avaliação média destas 11 casas de investimento é de 3,21 euros, abaixo dos 3,26 euros oferecidos pela CTG.
Por seu turno, o BPI antecipa que poderá haver uma luta pelo controlo da empresa. "Não excluímos a possibilidade de uma revisão da contrapartida ou de uma luta pelo controlo", segundo uma nota publicada pelo BPI esta segunda-feira,
O banco JP Morgan, por sua vez, considera que o valor oferecido pela CTG "parece ser demasiado baixo para alcançar o controlo da empresa".
Já o CaixaBI duvida do sucesso da operação. "Na nossa opinião, o preço da oferta [sobre a EDP] é demasiado baixo para que a mesma possa ter sucesso", de acordo com uma nota divulgada esta segunda-feira.
Apesar do Estado chinês deter 28% da EDP (CTG mais a CNIC, com 4,98%), os fundos de investimento são decisivos nesta operação. O Capital Group, o Blackrock e o Norge Bank detêm um total de 19,75% da EDP e resta saber qual a sua posição perante esta oferta e se aceitam vender a este preço.
A associação de pequenos investidores, a ATM, defendeu que deveriam surgir outras propostas pela EDP. "Era óptimo que houvesse uma OPA concorrente e na nossa perspectiva existem outras sociedades para quem faz sentido", disse à Lusa o presidente da ATM, Octávio Viana.
(Notícia actualizada às 17:43)
A notícia está a ser avançada pela Bloomberg esta segunda-feira, 14 de Maio, dando conta que o conselho de administração da EDP deverá reunir-se esta semana para definir a forma de se defender da OPA, tendo para o efeito já contratado vários bancos de investimento como assessores, entre eles o UBS.
A agência aponta que esta rejeição acontece por a oferta da CTG ser baixa (3,26 euros por acção). Esta oferta representa um prémio de 4,86% face à cotação de fecho de sexta-feira, 11 de Maio. O valor de oferta já foi ultrapassado esta segunda-feira, com a acção da EDP a subir 10,35% na bolsa de Lisboa para 3,4320 euros.
O Negócios questionou a EDP sobre a notícia avançada pela Bloomberg, mas a companhia não quis fazer comentários.
Cinco bancos de investimento já aumentaram a avaliação da EDP. Ainda assim a avaliação média destas 11 casas de investimento é de 3,21 euros, abaixo dos 3,26 euros oferecidos pela CTG.
Por seu turno, o BPI antecipa que poderá haver uma luta pelo controlo da empresa. "Não excluímos a possibilidade de uma revisão da contrapartida ou de uma luta pelo controlo", segundo uma nota publicada pelo BPI esta segunda-feira,
O banco JP Morgan, por sua vez, considera que o valor oferecido pela CTG "parece ser demasiado baixo para alcançar o controlo da empresa".
Já o CaixaBI duvida do sucesso da operação. "Na nossa opinião, o preço da oferta [sobre a EDP] é demasiado baixo para que a mesma possa ter sucesso", de acordo com uma nota divulgada esta segunda-feira.
Apesar do Estado chinês deter 28% da EDP (CTG mais a CNIC, com 4,98%), os fundos de investimento são decisivos nesta operação. O Capital Group, o Blackrock e o Norge Bank detêm um total de 19,75% da EDP e resta saber qual a sua posição perante esta oferta e se aceitam vender a este preço.
A associação de pequenos investidores, a ATM, defendeu que deveriam surgir outras propostas pela EDP. "Era óptimo que houvesse uma OPA concorrente e na nossa perspectiva existem outras sociedades para quem faz sentido", disse à Lusa o presidente da ATM, Octávio Viana.
(Notícia actualizada às 17:43)