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JP Morgan sobe preço-alvo da Nos para 7,50 euros

O banco norte-americano nota que a Nos poderá registar um aumento anual dos custos relacionados com os direitos de transmissão desportiva de 49 milhões de euros até 2019, mas acredita que o sector das telecomunicações acabará por partilhar conteúdos e custos.

Os analistas salientam o 'aumento significativo da quota de mercado nos últimos três anos' e destacam 'o desempenho operacional da Nos' para justificar a escolha da empresa como 'top pick'. Mas há um outro argumento que merece mais destaque: dividendos. Os analistas accreditam que a empresa vai apostar numa política de distribuição de lucros pelos seus accionistas mais atractiva. 'Actualmente prevemos que o dividendo possa aumentar a um ritmo médio anual de 28,5% entre 2016 e 2020 de 0,16 euros para 0,43 euros' no período em análise.  O CaixaBI avalia a Nos em 6,50 euros, o que confere às acções da operadora um potencial de subida de 16,5%.
Miguel Baltazar/Negócios
01 de Junho de 2016 às 12:25
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Numa nota de "research" divulgada esta quarta-feira, 1 de Junho, o banco norte-americano JP Morgan aborda a guerra das operadoras de telecomunicações em torno dos direitos de transmissão dos jogos dos principais cubes portugueses salientando acreditar que o sector acabará por "partilhar conteúdos e custos". Apesar de reconhecer que não está garantido um resultado positivo neste processo, o JP Morgan acredita ser "bastante provável" um acordo que satisfaça todas as partes.

 

Como tal a unidade de investimento do banco norte-americano acredita que a Nos poderá beneficiar de um alívio nos custos a suportar pela grande subida dos custos decorrentes da compra dos direitos de transmissão dos jogos do Benfica e do Sporting, isto se for alcançado um acordo de venda por atacado.

 

Já no caso de a solução passar pela não partilha dos direitos de transmissão, o JP Morgan prevê um aumento da volatilidade no sector, com 8% dos clientes de televisão por cabo a poderem trocar de operadora.

 

Possibilidade que este banco acredita poder "beneficiar a Nos devido ao maior portefólio de futebol", pelo que a operadora liderada por Miguel Almeida poderia elevar a sua base de subscritores em 5%, vindos, na grande maioria, da Meo. Ainda assim, o JP Morgan sublinha que uma maior volatilidade poderia levar ao "escalar de iniciativas comerciais que reduziriam o cash-flow".

 

Por outro lado, o acordo entre a Nos e a Vodafone para a partilha dos da transmissão dos direitos desportivos coloca a Meo sobre maior pressão, aponta o JP Morgan.

 

Certo é que os custos dos direitos de transmissão dos jogos da primeira e segunda liga observaram uma "significativa inflação". O JP Morgan refere mesmo um aumento dos custos de 70%, de cerca de 95 milhões de euros por ano para 165 milhões, isto depois da guerra pelos direitos travada entre Dezembro e Janeiro últimos.

 

Para a Nos o JP Morgan antecipa custos anuais de 49 milhões de euros até 2019, que lembra que no caso de não haver acordo (Nos-Meo) e se apostar numa lógica de exclusividade os custos por operador "serão ainda maiores".

 

Perante esta conjuntura e apesar de antecipar como cenário mais provável um alívio dos custos no curto-prazo no caso de um acordo para a venda dos direitos por atacado, o JP Morgan mantém a recomendação sobre as acções da Nos em "neutral", mas decidiu aumentar o preço-alvo de 7 euros para 7,50 euros, o que tendo em conta a cotação actual da operadora de 6,526 euros confere aos títulos da Nos um potencial de valorização de 14,92%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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