O JPMorgan reviu em alta a recomendação para os CTT de "neutral" para "overweight", justificando que o recente período de desvalorização terá acabado, o que representa uma oportunidade para reforçar a posição na cotada portuguesa. O banco norte-americano manteve o preço-alvo em 8,25 euros. Contudo, destaca que já está descontado o pagamento do dividendo de 0,40 euros relativo a 2013.

"Seríamos novamente compradores dos CTT", afirma o JP Morgan na nota de "research" a que o Negócios teve acesso. O analista Christopher Combe afirma que o "injustificado" recente período de desvalorização da empresa, "exacerbado pelos problemas do Grupo Espírito Santo", terá acabado. Por isso, "vemos esta como uma oportunidade de adicionar posições, graças ao risco de subida das estimativas para o ‘free cash flow".

O banco de investimento destaca que a empresa liderada por Francisco Lacerda (na foto) continua a ser uma boa aposta, uma vez que o essencial mantém-se: "balanço limpo com zero de dívida, nenhum papel comercial e recentes notícias favoráveis do sector".

Em relação aos resultados do segundo trimestre deste ano, o analista do JPMorgan considera que estes deverão "afastar algumas das preocupações em torno do volume de correio". Após a queda homóloga de 9,5% no primeiro trimestre, o banco estima que nos três meses seguintes o volume de correio tenha registado uma queda de apenas 6,0%.

Por fim, o JPMorgan salienta ainda o potencial de subida das estimativas para os serviços financeiros, uma vez que o Governo português aumentou o objectivo de venda de produtos de aforro para três milhões de euros em 2014. 

As acções dos CTT seguem a valorizar 1,76% nesta segunda-feira, 7 de Julho, para os 6,979 euros. 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.