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Jefferies: BCP será dos poucos bancos do sul da Europa a aumentar lucros até 2021

O banco de investimento melhorou a avaliação e a projeção de resultados do BCP, antecipando lucros próximos dos 600 milhões de euros em 2021.

03 de Julho de 2019 às 17:12
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O banco de investimento Jefferies subiu o preço-alvo para as ações do português BCP, de 22 para 32 cêntimos por ação, e na avaliação que faz ao banco português diz que os títulos podem chegar aos 39 cêntimos, caso seja cumprido o cenário mais favorável que tem para o BCP.

 

Numa nota de "reseach" que publicou esta quarta-feira, a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento melhorou a recomendação de "underperform" para "comprar". Este banco era o único entre os que seguem o BCP que recomendava vender os títulos.

 

O Jefferies justifica a melhoria no preço-alvo e recomendação das ações do BCP com a análise efetuada ao banco que permitiu concluir que a "normalização da instituição foi finalmente atingida".

 

O banco de investimento estima que os custos do BCP com crédito malparado poderão baixar dos 100 pontos base em 2018 para metade (50 pontos base) em 2021, "tornando o BCP como um dos poucos bancos do Sul da Europa onde esperamos que os lucros subam ao longo dos próximos três anos". 

 

Além da avaliação das ações, o Jefferies também reviu as estimativas para os resultados do BCP, esperando agora que os lucros aumentem para 418 milhões de euros em 2019, 13% acima do projetado anteriormente. As estimativas para 2019 foram melhoradas em 2% e para 2021 em 5%.

 

Estas novas projeções colocam os lucros do BCP a subir 39% em 2019, 15% em 2020 e 23% em 2021.

 

Ações podem subir 40% no cenário mais favorável

 

Na análise ao BCP, o banco de investimento avaliou três cenários para o BCP. O base, que implica a avaliação descrita em cima, assume "a continuação do momento da economia portuguesa, que suporte um crescimento suave no volume de crédito e uma tendência benigna no crédito mal parado". Prevê também a manutenção da taxa de juro de referência na Zona Euro e que o banco atinja um rácio entre custos e receitas ("cost to income") de 46%.

 

No cenário mais favorável, o Jefferies dá um potencial de 40% às ações do BCP, com um preço-alvo de 39 cêntimos. Neste exercício otimista, o banco de investimento assume que em 2021 a política monetária do BCE será mais favorável, com taxas de juro 50 pontos base acima do nível atual, e que banco liderado por Miguel Maya vai conseguir um registo mais benigno na qualidade dos seus ativos.

 

No cenário negativo, o Jefferies antecipa uma queda de 20% nas ações do BCP, para 22 cêntimos, que era o anterior preço-alvo atribuído ao banco. Neste cenário pessimista o banco de investimento assume uma evolução mais fraca da economia em 2021 e uma descida de 25 pontos base na taxa de juro de referência.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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