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BCP regista melhor ciclo de ganhos desde janeiro de 2018
As ações do banco estão a subir há cinco semanas seguidas e negoceiam em máximos de maio do ano passado.
As ações do Banco Comercial Português estão a viver o melhor ciclo de ganhos na bolsa portuguesa desde janeiro do ano passado. Os títulos concluíram hoje a quinta semana consecutiva de ganhos (neste período subiram 14%), o que já não acontecia há um ano e meio.
Além do ciclo de ganhos prolongado, os títulos estão a negociar em máximos de maio de 2018 e nas últimas sessões as valorizações foram acentuadas, com o banco liderado por Miguel Maya a beneficiar com notas de research positivas que foram emitidas por vários bancos de investimento.
Esta sexta-feira as ações avançaram 0,21% para 0,2867 euros, tendo atingido o máximo de 13 meses nos 0,2888 euros. No acumulado da semana a valorização foi de 5,44%, o que representa o melhor desempenho semanal desde março.
Analistas sobem avaliação
O tom mais positivo nos títulos arrancou logo na segunda-feira, quando o JPMorgan aumentou o target das ações do banco em 10%, para 33 cêntimos. Na quarta-feira foi a vez do Jefferies subir o preço-alvo em 45% para 32 cêntimos, recomendando os investidores a "comprar" títulos do banco.
O Jefferies destacou na nota de análise que a normalização do banco foi atingida e que o BCP será das poucas instituições financeiras do Sul da Europa a conseguir aumentar os lucros todos os anos até 2021.
Os desenvolvimentos positivos a nível operacional terão ajudado a que várias casas de investimento emitissem notas de análise favoráveis para o banco. Desde meados de maio foram já cinco os bancos de investimento a subir a avaliação do BCP: Goldman Sachs; Keefe, Bruyette & Woods; CaixaBank BPI; JPMorgan e Jefferies.
Os últimos meses têm sido marcados por boas notícias. Em fevereiro, o banco revelou um aumento de lucros de 61,5% para 301,1 milhões de euros, um resultado que permitiu que a instituição distribuísse dividendos aos seus acionistas pela primeira vez desde 2010.
Três meses depois, Miguel Maya anunciou um aumento de 80% dos lucros, no primeiro trimestre, reportando o valor mais elevado dos últimos 12 anos.
E entretanto, o Bank Millennium, unidade polaca, avançou com a compra do Eurobank naquele mercado, tornando-se num dos seis maiores bancos da Polónia em número de clientes de retalho.
Ganhos de 25% este ano
O bom desempenho nas últimas semanas elevou a valorização acumulada pelo BCP em 2019 para 24,92%, o que representa um dos melhores registos entre as cotadas do PSI-20. Só a Jerónimo Martins (+37%) consegue melhor este ano.
A subida do BCP também se situa acima da registada pelo setor europeu, uma vez que o Stoxx Banks ganha apenas 4,56% em 2019.
O banco liderado por Miguel Maya apresenta atualmente uma capitalização bolsista de 4.333 milhões de euros, que é a quinta mais elevada.