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Haitong: Menos certificados do Tesouro reduzem lucros dos CTT

A elevada venda de produtos de poupança do Estado fez disparar os resultados dos CTT em 2015, mas agora dá uma má imagem a 2016. Negativa é também a evolução do correio, levando o resultado líquido a recuar 23%.

Bruno Simão
09 de Maio de 2016 às 11:01
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Menos, menos, menos. Este será o sinal em quase todas as rubricas dos resultados dos CTT no primeiro trimestre de 2016. Pelo menos essa é a estimativa do Haitong, para os números que serão apresentados a 11 de Maio. Ainda assim, elogia os resultados, até porque o comparável não é adequado. É que o primeiro trimestre de 2015 foi quando os CTT venderam mais de dois mil milhões de euros em certificados do Tesouro.

Os CTT terão registado uma queda de 23% do resultado líquido para 17 milhões de euros, segundo as estimativas de Nuno Estácio, incluídas numa nota de análise a que o Negócios teve acesso. Contudo, salienta o analista do Haitong, "prevemos um bom conjunto de resultados". Porquê? "O difícil período comparável [é que] deverá levar a uma comparação homóloga negativa do EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações)", explica.

Isto porque os CTT venderam mais de dois mil milhões de euros em certificados do Tesouro, durante o primeiro trimestre do ano passado. Um resultado que levou "a receitas muito fortes nos serviços financeiros, que não é provável que se voltem a repetir", aponta o analista.

"Acreditamos que o foco dos investidores deve estar no EBITDA comparável, que prevemos que atingirá os 39 milhões de euros", defende o Haitong. Este resultado, que exclui quaisquer efeitos do banco postal, representa uma redução homóloga de 6%, devido às menores receitas dos serviços financeiros. Estas terão recuado 20,4% para 19,3 milhões.

Mas não terá sido apenas este segmento a prejudicar os resultados dos CTT, já que as estimativas do Haitong apontam para uma queda de 6% nas receitas de correio. Ainda assim, "continuamos positivos em relação aos CTT", diz Nuno Estácio, destacando que os títulos negoceiam com um "dividend yield" de 6,3%, "o maior entre os pares europeus".

Actualmente, o Haitong atribui aos CTT um preço-alvo de 11,40 euros e uma recomendação de "comprar". É que a avaliação do banco traduz uma margem de valorização de 41%, face à cotação actual dos títulos. As acções da empresa seguem a subir 1,16% para 8,101 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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