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BPI: CTT deverão ter fechado trimestre com lucros de 17 milhões de euros
Os resultados dos CTT deverão ser afectados pela quebra das receitas nos serviços financeiros no trimestre, depois da corrida aos certificados nos primeiros meses de 2015 devido ao corte da taxa nos certificados.
Os CTT deverão ter terminado os primeiros três meses do ano com um resultado líquido de 17 milhões de euros, menos 22% que o valor reportado pela empresa de correios no período homólogo de 2015, antecipa o BPI. A justificar a quebra dos lucros deverá estar a descida das receitas nos serviços financeiros.
A empresa liderada por Francisco Lacerda deverá apresentar no próximo dia 11 de Maio uma quebra dos lucros no primeiro trimestre do ano. Os analistas do BPI justificam a expectativa de descida dos resultados com os "níveis de subscrição anormalmente elevados de produtos de poupança para o retalho e certificados do tesouro no primeiro trimestre de 2015", devido às mudanças anunciadas para as remunerações destes produtos.
As receitas realizadas nos serviços financeiros deverão ter caído 26%, depois do Governo ter anunciado uma descida das taxas de remuneração oferecida pelos produtos de poupança do Estado, como os certificados de aforro. Este anúncio levou a uma corrida aos certificados, antes da entrada em vigor das novas regras.
Tirando as condições especiais que conduziram a receitas mais elevadas no primeiro trimestre de 2015, os analistas do BPI não esperam grandes surpresas dos resultados dos CTT, antecipando que a empresa apresente uma "geração de ‘cash flow’ resiliente".
Já o EBITDA deverá atingir os 32 milhões de euros, o que representa uma quebra de 19% face ao período homólogo. "Excluindo o Banco CTT, o EBITDA teria atingido os 37 milhões de euros", antecipam os analistas do BPI.
O BPI manteve o preço-alvo de 9,50 euros para os CTT e a recomendação de "comprar" inalterada, adiantando que a empresa de correios portuguesa continua a ser uma das empresas preferidas do banco de investimento.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
