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Haitong: Aumento da tarifa social de energia sem impacto relevante na EDP

O Haitong considera que o aumento da tarifa social da energia, que está a ser discutido no âmbito do debate do Orçamento do Estado na Assembleia da República, não tem impacto substancial na EDP.

António Mexia, EDP. Eleito melhor presidente executivo da Europa no sector das ‘utilities’ (água, gás, electricidade)
23 de Fevereiro de 2016 às 10:07
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O Governo destacou esta segunda-feira a proposta do Bloco de Esquerda para alargar a tarifa social da energia, que poderá ser suportada pela EDP, com um custo de seis milhões de euros para a eléctrica. O Haitong considera que esta medida não tem um impacto significativo para a EDP, representando menos de 1% dos lucros estimados para este ano.

"Mesmo que os seis milhões de euros sejam pagos inteiramente pela EDP, isso representaria apenas 0,65% das nossas estimativas de lucros para 2016", escreve o analista Jorge Guimarães, no comentário diário do Haitong para investidores. E o banco calcula que o pagamento seria feito de forma proporcional, tendo em conta a quota de mercado, diminuindo assim o impacto. "Continuamos a ver isto como uma tentativa de forçar a empresa a facilitar o acesso à tarifa e acelerar o processo de adesão", diz o Haitong.

O primeiro-ministro disse esta segunda-feira que a proposta do Bloco de Esquerda para alargar a tarifa social da energia "é uma boa resposta" para compensar o adiamento da descida da Taxa Social Única (TSU) que iria beneficiar os trabalhadores com salários até 600 euros e que caiu durante as negociações com Bruxelas. A imprensa tem divulgado uma estimativa de custos na ordem dos seis milhões de euros para o alargamento da tarifa social, a ser suportado pela EDP.

As acções da EDP estão a desvalorizar 0,71% para 2,921 euros, esta terça-feira. O Haitong atribui uma avaliação de 3,85 euros às acções, conferindo-lhes um potencial de valorização de 31,8%. A recomendação do banco para os títulos da eléctrica liderada por António Mexia é "comprar".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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