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BPI corta preço-alvo para a Altri, mas sobe a recomendação

Uma "visão cautelosa" para a indústria e um cenário de volatilidade no dólar. Estes factores suscitam dúvidas quanto à rendibilidade futura da Altri, o que levou o BPI a cortar o preço-alvo. Já o CaixaBI acredita que os fundamentais continuarão fortes.

Paulo Fernandes, Altri. Eleito segundo melhor CEO da Europa no sector da pasta e papel
26 de Fevereiro de 2016 às 10:30
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O BPI reviu em baixa o preço-alvo para a Altri de 4,60 euros para 4,45 euros. A decisão anunciada esta sexta-feira, 26 de Fevereiro, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, revela ainda que os analistas José Rito e Bruno Bessa subiram a recomendação para as acções da empresa de "reduzir" para "neutral".

"Mantemos uma visão cautelosa relativamente aos fundamentais da indústria da pasta de papel", revela o BPI numa nota de análise. A equipa de analistas acrescenta que continua "a preferir uma exposição a empresas de papel face a pasta de papel" e salienta que "a actual queda dos preços da pasta de papel deverá impossibilitar uma fusão na indústria ibérica".

Mas o banco refere que "o dólar também tem revelado alguma volatilidade, o que cria ainda mais incerteza em relação à rendibilidade futura da empresa". Os analistas salientam que, ainda assim, o seu cenário base para os preços da pasta de papel e para a evolução cambial deverá "permitir que a Altri mantenha margens e fluxos de caixa [‘cash-flows’] elevados".

Esta reavaliação à empresa surge depois de a mesma ter divulgado os resultados de 2015. Um período no qual a Altri registou uma forte melhoria dos lucros, que passaram de 37,4 milhões de euros para 117,7 milhões. O desempenho no último trimestre ficou "praticamente em linha com o previsto", diz o BPI, mas os impostos pagos em 2015 forem inferiores, algo que deverá inverter no segundo trimestre de 2016.

CaixaBI destaca produção histórica

Também o CaixaBI salienta que "os resultados foram em linha" com o antecipado. Mas os analistas Carlos Jesus e Artur Amaro destacam os "máximos de sempre" na produção de pasta de papel e respectiva venda em 2015. A primeira subiu , no período, 3,2% para 1.022,3 mil toneladas, ao passo que as vendas melhoraram 1,6% para 1.011,8 mil toneladas.

"Resultados sólidos, conforme tínhamos antecipado", escrevem os analistas, numa nota de análise publicada esta sexta-feira. Os especialistas do CaixaBI destacam que "o ano de 2015 ficou caracterizado por ser muito positivo a nível operacional, com a empresa a beneficiar da resiliência dos preços da pasta e do dólar forte", apesar da recente volatilidade. E conclui que continua "a acreditar que os fundamentais da pasta se vão manter favoráveis nos próximos meses".

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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