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BESI sobe preço-alvo do BPI e do BCP, com preferência pelo segundo

Os analistas do BES aumentaram os preços-alvos dos principais concorrentes cotados no PSI-20 e mantêm a recomendação de ambos em “neutral”. BPI tem menos risco mas o BCP é uma “história de reestruturação” e é a preferida do banco.

Bruno Simão/Negócios
13 de Janeiro de 2014 às 10:36
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O BES Investimento (BESI) aumentou o preço-alvo do BPI de 1,20 para 1,30 euros e o do BCP de 0,11 para 0,19 euros, numa de análise que enviou aos clientes esta manhã. A recomendação continua a ser “neutral” para ambos os bancos.

 

“Depois de fortes subidas, acreditamos que ambas as acções estão a ser justamente avaliadas” pelo mercado. Ainda assim, o BESI ter uma preferência pela história de investimento do BCP, que está em processo de reestruturação e oferece uma perspectiva de recuperação dos resultados mais acentuada. Por outro lado, o BPI é uma aposta relativamente menos arriscada, diz o banco.

 

O banco de investimento diz que “em termos relativos preferimos o BCP ao BPI, embora as vejamos como duas histórias claramente diferenciadas, adequadas a investidores com perfil diferente”, segundo a nota introdutória da nota de “research” a que o Negócios teve acesso.

 

“Vemos o BCP como uma história de reestruturação focada na sua capacidade de reembolsar o capital contingente (CoCo’s)”, enuncia o banco de investimento. “Em contrapartida, acreditamos que o BPI tem um perfil de risco menos volátil e de menor risco”, explica.

 

O BESI aumentou o preço-alvo do BCP em 73% para reflectir as previsões mais optimistas para o banco, que os analistas prevêem que reembolse as obrigações contingentes até meados de 2017, o que irá impulsionar os resultados. Em 2017, o banco deverá lucrar 551 milhões de euros, prevê o BESI.

 

Já o BPI terá resultados de 284 milhões de euros, no mesmo ano, sendo que a maior fonte de potencial de valorização do banco é, não o aumento dos resultados, mas a exposição à dívida pública portuguesa. O banco vai pagar 75% das CoCo’s que recebeu que vendeu ao Estado “em breve”.  

 

O banco negoceia a múltiplos mais baixos do que instituições espanholas em situação comparável, notam os analistas do BESI. Por outro lado, tem ainda potencial de redução de custos. “Acreditamos que o BPI tem margem para melhorar a sua eficiência de custos já que múltiplo de custos face a activos era de 1,46% no final de 2013, face a 1,14% do BCP.

 

Esta segunda-feira, os títulos do BPI progridem 1,66% para 1,472 euros e os do BCP seguem inalterados nos 0,192 euros. Face às avaliações do BESI, ambos encerram um potencial de desvalorização. O banco liderado por Fernando Ulrich está 11% acima do preço-alvo e o BCP 1%.

 

(Notícia actualizada às 11h07)

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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