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Analistas mantêm optimismo na Sonae apesar de resultados abaixo do previsto

A Sonae apresentou os resultados do trimestre e decepcionou os analistas. Mas a retalhista nacional continua a ser uma aposta, com os três bancos de investimento nacionais unânimes na recomendação: "comprar".

Ricardo Castelo
13 de Maio de 2016 às 11:16
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A Sonae divulgou na quinta-feira, 12 de Maio, os lucros do primeiro trimestre. Um período no qual a retalhista nacional registou uma melhoria dos lucros para 30,1 milhões, um valor que ficou abaixo das previsões dos analistas. Ainda assim, CaixaBI, Haitong e BPI mantêm a perspectiva positiva para as acções e aconselham "comprar".

As vendas da Sonae cresceram 6% para 1.215,4 milhões de euros no primeiro trimestre. Uma tendência positiva que não foi acompanhada pelo EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), já que caiu 22% para 46 milhões. Melhor foi o lucro no período, que aumentou 52% para 30,1 milhões.

Ainda assim, ficou aquém das previsões dos bancos portugueses. Se o CaixaBI apontava para lucros de 37 milhões de euros, o Haitong previa que atingissem os 35,8 milhões de euros. Mais ousada era a estimativa do BPI, que ascendia a 44 milhões. Mas apesar de os resultados terem ficado aquém das expectativas, a perspectiva continua a ser positiva.

"Os resultados da Sonae no primeiro trimestre de 2016 não alteram a nossa visão geral para a empresa", atira José Mota Freitas, numa análise a que o Negócios teve acesso. O analista do CaixaBI nota que a empresa alterou o reporte de informação, passando da divisão por geografia para a divisão por área de negócio.

"A mudança revela as fundações do que poderá ser uma nova estratégia para o negócio de moda da empresa e que se afasta da abordagem ‘capital light’, que foi a norma por algum tempo", aponta José Mota Freitas. Actualmente, o CaixaBI tem um preço-alvo de 1,55 euros para a Sonae e, por isso, uma recomendação de "comprar".

Também em relação à mudança de reporte, José Rito e Bruno Bessa apontam que "poderá diminuir a visibilidade do desempenho sólido da unidade portuguesa". Mas os analistas do BPI destacam, ainda assim, que "a divisão de retalho alimentar da Sonae tem vindo a registar melhores tendências comparáveis, o que consideramos tranquilizador para a avaliação de investimento". O BPI tem também um preço-alvo de 1,55 euros para a Sonae, com uma recomendação de "comprar".

Já o Haitong é peremptório: "reiteramos a nossa avaliação de ‘comprar Bala de Prata’ com um preço-alvo de 1,35 euros". A Sonae mantém-se, assim, na lista de preferências do Haitong. E o analista Filipe Rosa considera mesmo que a queda das acções este ano "é injusta, à luz das muito melhores tendências no retalho alimentar" nos últimos dois trimestres.

Actualmente, as acções da Sonae estão a desvalorizar 1,28% para 0,925 euros, naquela que é a quarta semana consecutiva de quedas. Só este ano, os títulos da retalhista nacional caem 11,7%, tendo já chegado a perder um máximo de 17%.

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