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Mota-Engil não paga dividendos pela primeira vez em mais de 20 anos
Os resultados líquidos de 2 milhões de euros em 2017 justificam, para os responsáveis da Mota-Engil, que não sejam entregues dividendos este ano. O que já não acontece, pelo menos, desde 1997.
A Mota-Engil, que no ano passado obteve lucros de 2 milhões de euros – menos 97% do que um ano antes – não irá pagar dividendos aos accionistas este ano. De acordo com a informação disponível na Bloomberg, a Mota-Engil distribuiu dividendos todos os anos desde 1997, não existindo dados anteriores.
Na conferência telefónica com analistas, para apresentação das contas de 2017, João Vermelho, director de Relações com Investidores do grupo, remeteu a decisão para os accionistas mas admitiu que "com dois milhões de euros de lucro é fácil perceber que o dividendo não será provavelmente pago".
Questionado pelos analistas se o grupo tem reservas para entregar em dividendos caso os accionistas o pretendam, os responsáveis da Mota-Engil reforçaram que "não há um plano na mesa para distribuir dividendos".
A Mota-Engil obteve lucros de dois milhões de euros em 2017, depois de em 2016 ter atingido um resultado líquido de 50 milhões de euros, com a venda das participações na Tertir e na Indáqua.
Há um ano a construtora remunerou os accionistas com um dividendo de 13 cêntimos por acção, mais do que duplicando o valor face ao ano anterior.