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Mota-Engil quer voltar a pagar dividendos no próximo ano

Depois de ter afirmado em Abril que não iria pagar dividendos este ano, a construtora admite agora voltar a remunerar os seus accionistas em 2019, com base nos resultados referentes a este ano.

A construtora liderada por Gonçalo Moura Martins é a cotada que apresenta o maior potencial de queda entre as cotadas portuguesas acompanhadas pelos analistas. O preço-alvo médio da Mota-Engil é de 3,54 euros, o que incorpora um potencial de queda de 12%. No ano passado a construtora mais do que duplicou de valor, naquele que foi o melhor desempenho entre as cotadas do PSI-20.
30 de Agosto de 2018 às 09:44
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A Mota-Engil quer retomar o pagamento dos dividendos já no próximo ano, com base nos resultados de 2018. Isto depois de a construtora ter assumido, em Abril, que não iria remunerar os seus accionistas este ano.

"O pagamento de dividendos referente aos resultados de 2018 deverá ser retomado em 2019", lê-se no comunicado sobre os resultados da construtora para o primeiro semestre. Neste período, a Mota-Engil conseguiu aumentar os lucros em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Foi em Abril que a Mota-Engil admitiu não ir pagar dividendos ao longo deste ano, o que não acontecia há mais de 20 anos. De acordo com a informação disponível na Bloomberg, a Mota-Engil distribuiu dividendos todos os anos desde 1997, não existindo dados anteriores.

 

Numa conferência com analistas para a apresentação das contas para 2017, João Vermelho, director de Relações com Investidores do grupo, admitiu que "com dois milhões de euros de lucro é fácil perceber que o dividendo não será provavelmente pago".

A Mota-Engil obteve lucros de dois milhões de euros em 2017, depois de em 2016 ter atingido um resultado líquido de 50 milhões de euros, com a venda das participações na Tertir e na Indáqua.

  

A última vez que a construtora remunerou os seus accionistas foi há mais de um ano, quando pagou 13 cêntimos por acção, mais do que duplicando o valor face ao ano anterior.

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