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CTT: "Evolução da acção não afecta política de dividendos"

O dividendo dos CTT vai subir para 48 cêntimos. É mais um cêntimo do que no ano anterior. Francisco Lacerda ressalva a política de "dividendo estável, crescente". A quebra dos lucros e da cotação não a altera.

A empresa de correios é outra das cotadas com uma taxa de rentabilidade do dividendo elevado. Os CTT propõem um dividendo de 47 cêntimos por acção, o que tem implícito um retorno de 5,91% face ao valor das acções.
Miguel Baltazar
01 de Novembro de 2016 às 07:00
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Os CTT, enquanto empresa cotada, sempre se quiseram mostrar como uma empresa que entrega dividendos aos accionistas. E apesar da quebra do valor por acção e da descida dos lucros, a intenção é continuar a aumentar o dividendo.

 

"O nosso objectivo é ter um dividendo estável, crescente", reforça Francisco Lacerda, presidente executivo da empresa, em declarações ao Negócios.

 

Em relação às contas do ano passado, os CTT pagaram um dividendo de 47 cêntimos por cada acção. Agora, a intenção da administração é elevar em 1 cêntimo. "Um crescimento com algum significado", classifica o CEO, fazendo a comparação relativa (+2,1%).

 

"A política de dividendos fala em dividendo estável crescente. Esta política parte do reconhecimento do que é o nosso negócio que, em geral, liberta bastante ‘cash flow’", continua Francisco Lacerda. Já no ano passado, a justificação dada pelo CEO era a capacidade de geração de caixa (‘cash flow’).

 

O presidente executivo dos CTT ressalva que esta política não sofre alterações apesar da recente desvalorização em bolsa. "A evolução em bolsa não afecta a política de dividendos".

 

A empresa de serviço postal tem vindo a registar uma quebra da sua cotação em bolsa. Aliás, os CTT tocaram em 5,511 euros a 10 de Outubro. O banco desceu assim do valor a que se estreou em bolsa, os 5,52 euros, em Dezembro de 2013.

 

Rendibilidade do dividendo de 8%

 

Esta segunda-feira, dia da apresentação da quebra de 9% dos lucros e do dividendo de 48 cêntimos, as acções dos CTT voltaram a cair. A quebra foi de 1,24% para 6,029 euros.

 

Quer isto dizer que, partindo desta cotação, a rendibilidade da remuneração accionista ("dividend yield") é de 8%. Este indicador mostra o rendimento que uma acção confere tendo em conta o seu dividendo.

 

2016 "desafiante" não impede lucro

 

A subida dos dividendos ocorre apesar da descida de 9% dos lucros, penalizados sobretudo pelo Banco CTT.

"Apesar de um 2016 desafiante, o conselho de administração está confiante de que poderá propor um dividendo mínimo de 48 cêntimos por ano pelo ano financeiro, em pagamento em 2017", indica a apresentação aos investidores. 

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