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Banco CTT alvo de novo aumento de capital de 25 milhões de euros

A empresa de serviço postal colocou mais capital na sua instituição financeira. Francisco Lacerda diz que se insere nos números já definidos. O banco emprega 162 colaboradores. Os recursos captados mais do que triplicaram em três meses.

Bruno Simão/Negócios
31 de Outubro de 2016 às 15:47
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O Banco CTT foi alvo de um novo aumento de capital. Na semana passada, os CTT colocaram mais 25 milhões de euros na sua instituição financeira. Isto depois de, em Maio, terem também injectado 26 milhões de euros no banco.

 

Ao Negócios, Francisco Lacerda diz que a operação está "dentro do que estava planeado". "Vamos fazendo estes aumentos de capital" para suportar o crescimento dos activos, explicou o presidente executivo da empresa de serviço postal. Neste momento, e depois do reforço feito a 24 de Outubro revelado no relatório e contas dos primeiros nove meses do ano, o capital do Banco CTT ascende a 85 milhões, sendo que o investimento deverá chegar a 170 milhões em 2020. 

 

Estes aumentos de capital não têm qualquer impacto nos resultados dos CTT, já que fica tudo dentro do mesmo grupo. Sai da empresa-mãe para o banco, que é por ela detido a 100%. "Do ponto de vista consolidado é neutro", explica o CEO da sociedade.

 

Para já, o Banco CTT tem penalizado as contas da empresa-mãe, o que deverá continuar a acontecer nos próximos anos. Em Novembro deste ano, em antecipação à abertura, era dito que o equilíbrio operacional das contas ("break-even") deveria acontecer em 2018, três anos após à abertura.

 

Nos primeiros nove meses do ano, a empresa liderada por Francisco Lacerda obteve lucros de 46 milhões de euros, uma queda de 9,1% em relação ao período homólogo. Excluindo o impacto da instituição financeira, o lucro teria subido 11% para 62,5 milhões.

Sozinho, o banco obteve rendimentos operacionais de 271 mil euros que contrabalançam com os gastos operacionais de 18,8 milhões (7 milhões dos quais com pessoal). 

 

Recursos captados mais que triplicam

 

Segundo Francisco Lacerda, tudo está a correr dentro do planeado. "O banco está a correr muito bem. Nós tínhamos um plano para abrir 200 lojas até ao final do ano. Estamos perto de 150", reforça o CEO. A meta das 200 lojas mantém-se.

 

"Até ao final de Setembro, foram abertas no Banco CTT mais de 45 mil contas de cerca de 60 mil clientes, através dos quais foi possível ao banco capturar mais de 180 milhões de euros em recursos", assinala o comunicado das contas.

 

Quer isto dizer que, nos meses de Verão, entre Julho e Setembro, foram abertas mais 25 mil contas. Ao mesmo tempo, o banco conseguiu mais do que triplicar os 50 milhões de recursos que tinha registados no balanço em Junho.

 

Venda por carteiros: "A seu tempo se analisará"

 

O objectivo do banco, que tem 162 funcionários, é continuar a apostar na diversificação da oferta para os seus clientes. Ainda esta segunda-feira, o administrador com o pelouro financeiro dos CTT, André Gorjão Costa, afirmou em entrevista ao Negócios que a comercialização do crédito à habitação será uma realidade no próximo ano.

 

Em relação à venda de produtos do banco por carteiros, Francisco Lacerda assegurou que "não há nada de concreto". "É uma ideia que a seu tempo se analisará". 

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