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Lucro dos CTT cai 9,1% até Setembro devido ao banco e ao cliente Fisco

Os rendimentos operacionais da empresa de serviço postal recuaram nos primeiros nove meses do ano. O Banco CTT continua a ter impacto negativo. A empresa avança com dividendo de 0,48 euros.

31 de Outubro de 2016 às 07:24
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Os Correios de Portugal registaram uma quebra dos lucros nos primeiros nove meses de 2016. O Banco CTT continua a ter efeito nas contas mas a quebra do correio registado também teve o seu efeito.

 

O lucro da empresa sob o comando de Francisco Lacerda (na foto) ficou em 46 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que representa uma quebra de 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

O resultado que inclui já os meses de Verão, divulgado em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), compara com a estimativa de 44,2 milhões de euros.

 

Para este resultado contribuiu, negativamente, o Banco CTT. Sem os rendimentos e os gastos que estão ligados à instituição financeira, o lucro da empresa seria de 62,5 milhões de euros: uma diferença de 16,5 milhões de euros face ao resultado final.
 

Fisco penaliza CTT

 

Olhando para os rendimentos operacionais dos CTT, registou-se um decréscimo de 3,6% para 518,8 milhões de euros. A companhia explica-o com a "redução do tráfego de correio registado (impacto em volumes e mix de preços)", com o facto de não ter o ganho extraordinário obtido um ano antes e ainda à saída de grandes clientes na área de expresso e encomendas.

 

No ramo do correio registado, há um cliente específico a penalizar a empresa de serviço postal: o Fisco. "O decréscimo do correio registado deveu-se à redução dos consumos do sector Estado e Administração Pública, em particular da Autoridade Tributária, que tem vindo desde o terceiro trimestre de 2015 a reduzir a utilização deste tipo de correio para níveis mais consistentes com o passado". 

A quebra do correio registado foi de 11%. Mas também outros clientes penalizaram os resultados da empresa. "O tráfego de correio normal decresceu no 3º trimestre de 2016 (-5,8%) devido sobretudo à redução de correio enviado por alguns grandes e médios clientes dos sectores das telecomunicações, banca e utilities". Muitos destes clientes têm facturas electrónicas.

 

Entretanto, os gastos operacionais da empresa, que emprega 12.774 colaboradores (mais 52 que em Setembro de 2015), cederam 1,1% para 436 milhões de euros. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 14,9% para 82,9 milhões de euros.

 

No campo de "cash flow", o valor da caixa e equivalentes dos CTT em Setembro era de 592,8 milhões de euros, uma descida de 2,8%. Este valor ajustado, excluindo os credores líquidos de serviços financeiros, é de 227,5, menos 18,5%.

 

Os lucros não impedem a empresa de querer pagar o dividendo de 48 cêntimos por acção, com o qual já se tinha comprometido. 



(Notícia actualizada às 7:37 com mais informações)

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