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Trump, tecnológicas e petrolíferas penalizam Wall Street

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, pressionadas sobretudo pelos títulos das tecnologias e da energia, com especial relevo para as petrolíferas numa sessão de queda dos preços do crude. A demissão do chefe da diplomacia dos EUA, Rex Tillerson, também mexeu com o sentimento dos investidores.

Reuters
13 de Março de 2018 às 20:18
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O tecnológico Nasdaq Composite, que na sexta-feira e ontem atingiu novos máximos históricos, fechou hoje a ceder 1,02% para 7.511,01 pontos.

 

Por seu lado, o Dow Jones cedeu 0,68% para 25.007,03 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,64% para 2.765,31 pontos.

 

A pressionar estiveram as tecnológicas, a corrigirem dos recentes ganhos que deram novos recordes ao Nasdaq.

 

Também o sector da energia esteve a contribuir para a negociação no vermelho, especialmente as petrolíferas, num dia em que as cotações do crude estão em queda nos principais mercados internacionais – a reflectir os receios de que amanhã, aquando da divulgação dos inventários semanais dos EUA, seja anunciado um novo aumento dos stocks devido à crescente produção norte-americana.

 

Uma nova remodelação na Administração de Donald Trump mexeu igualmente, de forma negativa, com o sentimento dos investidores.

 

O presidente dos EUA demitiu o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, responsável pelas relações externas dos EUA, e nomeou para o seu lugar o director da CIA, Mike Pompeu. Trump disse ter tomado a decisão de demitir Tillerson por este ter uma "mentalidade diferente" – depois de notórias divergências relativamente às políticas levadas a cabo em relação à Coreia do Norte, Rússia e Irão.

O copo de água transbordou com a decisão de ontem de Trump de bloquear um negócio no sector dos microprocessadores, ao impedir a Broadcom de comprar a Qualcomm, sublinha a Bloomberg. Trump justificou a decisão com preocupações em torno da "segurança nacional", dado que a Broadcom está sediada em Singapura. 

Os investidores estão na expectativa para saberem qual será agora o posicionamento de Pompeo em variadas matérias e se estará em linha com Trump no que diz respeito às medidas proteccionistas.

 

Esta nova mexida num alto cargo da Administração Trump, aliada aos receios em torno da imposição das tarifas norte-americanas sobre o aço e alumínio exportado para os Estados Unidos, fizeram aumentar a cautela junto dos investidores.

 

Durante esta semana e a próxima, até que Portugal mude para a hora de Verão na madrugada de 25 de Março, a diferença horária face a Washington foi reduzida em uma hora, pelo que as bolsas do outro lado do Atlântico estão a encerrar às 20:00 de Lisboa e não às 21:00 como é hábito.

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