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Acionistas da Nvidia à procura de direção entre investigação judicial e desilusão das contas
O passo dado em frente pelo Departamento da Justiça dos EUA na investigação de suspeitas de violação das regras da concorrência, em conjunto com os resultados apresentados na semana passada, está a pressionar as ações.
A Nvidia está a estabilizar, após duas sessões consecutivas a ser penalizada por um "outlook" para o próximo trimestre abaixo das expectativas mais elevadas do mercado. A gigante tecnológica encontra-se desde o início da sessão entre ganhos e perdas, a negociar em torno dos 106 dólares por ação, depois de ter afundado quase 10% na terça-feira - e assim perdido 278,9 mil milhões de dólares em capitalização de mercado.
O movimento acontece depois de ter sido conhecido que o Departamento da Justiça (DoJ, na sigla em inglês) intimou a Nvidia e um conjunto de outras empresas na área da tecnologia por suspeitas de violação das regras da concorrência norte-americanas.
O DoJ está agora um passo mais perto de formalizar uma acusação contra a Nvidia, que é suspeita de dificultar o acesso a outros fornecedores, bem como de penalizar consumidores que não utilizem de forma exclusiva os semicondutores de inteligência artificial da gigante tecnológica. Apesar destes novos passos dados pelo DoJ, que foram revelados pela Bloomberg após o fecho da sessão de terça-feira, os investidores parecem estar a digerir as notícias sobre a gigante tecnológica em bolsa.
As ações da Nvidia têm estado sob pressão nas últimas sessões, desde que divulgou resultados na quarta-feira após o fecho do mercado. A fabricante de semicondutores apresentou perspetivas de receitas para o terceiro trimestre que revelaram um crescimento menos significativo do que o habitual.
A empresa estima alcançar receitas de 32,5 mil milhões de dólares entre julho e setembro de 2024, face aos 30 mil milhões registados no segundo trimestre do ano. No entanto, este número fica abaixo das estimativas mais elevadas - uma métrica que a Nvidia tem conseguido quase sempre ultrapassar, e que chegava aos 37,9 mil milhões de dólares. Desde que divulgou as contas, a empresa já desvalorizou 14%.