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Setembro ainda não foi positivo para Wall Street. Dow Jones escapa

As bolsas norte-americanas encerraram a negociação mistas, com receios de uma recessão económica do lado de lá do Atlântico ainda a afastarem os investidores. A Nvidia continua a arrastar as ações de tecnologia.

A onda de despedimentos do Goldman Sachs foi a mais mediática: a instituição financeira deu 30 minutos aos trabalhadores para arrumarem as suas coisas e abandonarem a empresa.
Lucas Jackson/Reuters
04 de Setembro de 2024 às 21:47
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Setembro é conhecido como sendo, historicamente, o pior mês para as ações nas principais bolsas norte-americanas. Esta quarta-feira, a negociação em Wall Street foi pressionada pelos dados que espelharem um mercado de trabalho mais frágil, contribuindo para os sinais de uma recessão económica nos EUA.

Entre uma enchente de dados, os investidores reagem à queda das vagas de trabalho para mínimos de três anos e meio em julho, a par dos comentários do presidente da Reserva Federal de Atlanta, Raphael Bostic, que garantiu que o banco central não deverá manter as taxas altas por muito mais tempo ou corre o risco de prejudicar ainda mais o mercado de trabalho dos EUA. 

"Num mês historicamente fraco para as negociações, os investidores estão mais cautelosos e preocupados com as perspetivas de crescimento do que com as perspetivas de inflação", disse Anthony Saglimbene, estratega da Ameriprise Financial, citado pela Bloomberg.
Além disso, outro grande fator de pressão surge por parte da Nvidia, que arrasta as ações das gigantes tecnológicas pelo segundo dia consecutivo. A "AI-darling" caiu na abertura da sessão e seguiu a mesma tendência até ao fim (-1,66%). Na terça-feira, as ações da gigante dos semicondutores afundaram quase 10%, apagando cerca de 279 mil milhões de dólares em valor de mercado - o maior declínio diário já registado nos EUA de uma ação.
O S&P 500 manteve-se em queda, recuar 0,16% para 5.520 pontos. Já o Nasdaq Composite cedeu 0,30% para 17.084,30 pontos. O Dow Jones foi único a registar ganhos, ainda que ligeiros, e subiu 0,09% para 40.974,64 pontos.

A reação dos mercados revela que os investidores ainda estão nervosos após o "sell-off" que marcou o início de agosto, quando a desaceleração da economia do lado de lá do Atlântico desencadeou numa "derrocada" nas bolsas por todo o mundo.

Entre outros movimentos de mercado, o foco seguiu nas tecnológicas, com quedas da Apple e da Amazon, em 0,86% e 1,66%, respetivamente. Já a Tesla registou um dia positivo e subiu mais de 4%.

Ainda do lado das quedas, também a Zscaler caiu mais de 18%, depois de a empresa prever uma receita e lucro para 2025 abaixo das estimativas. 

O aguardado relatório sobre a criação de emprego nos EUA em agosto, divulgado esta sexta-feira, deve fornecer pistas mais claras sobre a vitalidade da economia do país, e, consequentemente, se a Reserva Federal deve avançar com um corte das taxas de juro este mês, como é esperado.

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