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Teixeira Duarte passa de prejuízos a lucros de 9 milhões

A carteira de encomendas da construtora aumentou 15% na primeira metade deste ano para 1.242 milhões de euros.

04 de Setembro de 2024 às 18:07
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A Teixeira Duarte regressou aos lucros no primeiro semestre deste ano, quando apurou um resultado líquido de cerca de 9,5 milhões de euros, o que compara com os prejuízos de quase 3 milhões registados no mesmo período de 2023.

No relatório intercalar publicado esta quinta-feira na CMVM, a empresa adianta que o volume de negócios ascendeu a 377 milhões de euros, registando um ligeiro crescimento (0,6%) face a junho do ano passado.

O grupo salienta que a atividade em Portugal manteve-se ao mesmo nível de 2023, tendo o crescimento no Brasil e Moçambique compensado a redução de atividade em Angola e nos outros mercados.

Por outro lado, diz que o destaque deste semestre em termos de volume de negócios é a área imobiliária, que apresentou um crescimento de 51 milhões de euros face aos primeiros seis meses de 2023.

Os rendimentos operacionais registaram um recuo de 6,2% para 404,9 milhões de euros, com Portugal a apresentar um incremento de 0,8% e os mercados externos a diminuírem 10,9%, passando o mercado nacional a representar 43,7% do total dos rendimentos operacionais do grupo. Os gastos operacionais cifraram-se em 363,2 milhões, menos 6% do que em junho de 2023.

O EBITDA do grupo ascendeu a 42 milhões de euros, 7,4% abaixo do registado no mesmo período do ano anterior.

"O crescimento do EBITDA no setor da construção, que se tornou o maior originador do EBITDA do grupo com 35% do total, não foi suficiente para compensar a redução do EBITDA no setor imobiliário, motivada pela não reavaliação dos ativos em Angola" na primeira metade do ano.

Relativamente aos setores de atividade em que o grupo opera, refere que na construção, apesar da ligeira redução de atividade neste primeiro semestre, o valor das obras em carteira aumentou 15% para 1,2 mil milhões de euros".

Na área imobiliária, sublinha o crescimento nas vendas pelo "bom desempenho dos projetos imobiliários em Portugal e no Brasil".

O setor das concessões e serviços registou, por seu lado, "uma ligeira redução do EBITDA em linha com a redução da atividade", salientando o grupo "o bom desempenho em Portugal e Angola".

Na hotelaria realça o crescimento em Angola de 12,6% e na distribuição explica que, "mesmo em ambiente económico desafiante, foi possível manter o nível de atividade com melhoria de EBITDA (mais 25,4%)".

Já o setor automóvel "foi afetado, essencialmente, pelo condicionamento das importações decorrente da dificuldade de acesso a divisas, o que levou a uma diminuição do volume de negócios", explica.

A dívida líquida era no final de junho de 684 milhões de euros, mais 37,2 milhões face ao final do ano passado.

Para o final de 2024, a Teixeira Duarte mantém a previsão de atingir rendimentos operacionais consolidados de cerca de 900 milhões de euros.

Notícia atualizada às 18h24

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