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Tecnológicas arrasam Wall Street. S&P 500 em mínimos de agosto e Tesla com maior queda de sempre
Os principais mercados acionistas do outro lado do Atlântico fecharam em queda, no regresso à negociação após o feriado do Dia do Trabalhador. E o sell-off no setor tecnológico prosseguiu.
O Dow Jones fechou a ceder 2,25% para 27.500,89 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 2,78% para 3.331,84 pontos, fixando-se assim em mínimos de 5 de agosto.
Já o tecnológico Nasdaq Composite afundou 4,11% para 10.847,69 pontos.
As bolsas norte-americanas regressaram hoje à negociação, depois de terem estado encerradas na segunda-feira para comemoração do Dia do Trabalhador.
O movimento de vendas prosseguiu em força no setor tecnológico, numa altura em que o mercado se questiona se estas cotadas não estarão demasiado valorizadas.
Muitos dos títulos com melhor performance este ano, como é o caso das big tech, têm estado a ser alvo de um acentuado sell-off, com os investidores a virarem-se para ações mais cíclicas, como é o caso das financeiras e energéticas. Mas hoje nem os títulos da energia escaparam à "sangria", à conta da queda dos preços do petróleo para níveis de 25 de junho.
A Tesla, que está cotada no Nasdaq, foi um dos destaques pela negativa na sessão desta terça-feira. Encerrou a perder 21,06% para 330,21 dólares, naquela que foi a sua maior queda de sempre – destronando a maior perda, em valores de fecho, marcada em janeiro de 2012 ao mergulhar 19,3%. Durante o dia de hoje, a empresa liderada por Elon Musk chegou a afundar 21,11%.
Os analistas e investidores – bem como a administração da Tesla – foram surpreendidos na sexta-feira com a não inclusão da fabricante de automóveis 100% elétricos no índice S&P 500.
Após a empresa ter apresentado lucros no segundo trimestre e assim cumprir o único requisito que lhe faltava – quatro trimestres consecutivos de resultados positivos – era dado como adquirido que iria fazer parte do índice alargado de Wall Street.
Na noite de sexta-feira, contudo, o comité responsável pela composição do S&P 500 ignorou a Tesla, apesar de ter trocado três das empresas que integram o índice.
As novas cotadas no S&P 500 são a Etsy, um marketplace de "arts and crafts", a Teradyne, fabricante de equipamento de testes, e a farmacêutica Catalent. De saída estão a H&R Block, uma empresa de software fiscal, a companhia de cosmética e beleza Coty e o retalhista Kohls.
No Nasdaq, um dos títulos que se destacou pela positiva foi a fabricante de camiões elétricos Nikola, cujas ações dispararam 40% agora e chegaram a subir 53,5%. Isto depois de a General Motors anunciar que entra no seu capital com 11% por dois mil milhões dólares.
Há vários fatores que estão a pesar no apetite pelo risco dos investidores: os receios de um ressurgimento das infeções por covid-19 nos meses mais frios do inverno e o efeito que isso terá na retoma económica, bem como a incerteza em torno das eleições presidenciais de novembro e do renovar de tensões entre os EUA e a China.