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Spotify regista pedido de entrada directa na Bolsa de Nova Iorque

A empresa sueca que fornece o serviço de streaming de música Spotify solicitou formalmente esta quarta-feira a entrada directa na Bolsa de Nova Iorque, um passo pouco habitual na admissão de grandes empresas às praças norte-americanas, avançou a Reuters.

DR
28 de Fevereiro de 2018 às 22:47
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O serviço de streaming de música Spotify apresentou hoje o pedido de admissão directa das suas acções na Bolsa de Nova Iorque, segundo a Reuters.

 

Uma entrada directa em bolsa permite que a empresa sueca passe a cotar as acções existentes, detidas pelos seus investidores e funcionários, sem ter de angariar capital nem contratar um banco ou corretora de Wall Street para intermediar a oferta, recorda a Reuters.

 

No pedido apresentado à autoridade reguladora do mercado de capitais (Securities and Exchange Commission – SEC), a empresa não especifica a cotação de arranque das suas acções nem diz o volume de acções que estarão listadas.

 

No passado dia 3 de Janeiro a agência noticiosa britânica tinha já avançado que a Spotify havia pedido confidencialidade às autoridades reguladoras norte-americanas no seu pedido de autorização para uma admissão directa das acções em bolsa na primeira metade de 2018 – o que permitirá que alguns investidores de longa data possam sair.

 

Se os planos da empresa sueca – que no ano passado foi avaliada em 19 mil milhões de dólares – tiverem luz verde, a Spotify será a primeira grande companhia a levar a cabo uma entrada directa em bolsa, uma forma pouco convencional de avançar com uma oferta pública inicial (IPO) sem ter de angariar novo capital.

 

Uma entrada directa como cotada em bolsa elimina a necessidade de um banco ou corretora de Wall Street montar a oferta pública inicial, operação que tem muitas comissões inerentes, e poderá mudar a forma como as empresas abordam a questão de vender acções ao público.

 

Em Abril do ano passado falava-se já que a Spotify estaria a preparar a sua entrada em bolsa. Normalmente é feita através de uma oferta pública inicial, mas há outras formas. Mas o objectivo da Spotify não é encaixar dinheiro de antemão, mas sim colocar as acções no mercado.

 

A Spotify foi criada em 2008 e está disponível em mais de 60 países.

 

A SEC [equivalente à CMVM em Portugal] agora permite que as empresas, independentemente das suas receitas, registem confidencialmente os pedidos de IPO antes de divulgarem as suas contas.

 

Neste pedido agora tornado público, a empresa apresentou as suas contas de 2017, reportando receitas de 4,09 mil milhões de euros contra uma facturação de 2,95 mil milhões um ano antes. Já o seu prejuízo operacional aumentou, passando de 349 milhões de euros em 2016 para 378 milhões no ano passado.

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