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Spotify foi música para os ouvidos de Wall Street

As bolsas norte-americanas fecharam em alta, a subirem mais de 1%, a recuperarem as fortes perdas da véspera. Apesar de o sector tecnológico continuar sob pressão, a entrada em bolsa da Spotify animou o sentimento dos investidores e ajudou a ditar o movimento positivo.

Reuters
03 de Abril de 2018 às 21:05
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O Dow Jones encerrou a valorizar 1,66% na sessão desta terça-feira, para 24.037,04 pontos, e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,26% para 2.614,48 pontos, depois de ontem ter atingido o nível mais baixo desde inícios de Fevereiro.

 

Por seu lado, o Nasdaq Composite fechou a ganhar 1,04%, para 6.941,28 pontos, após um mergulho de perto de 3% na segunda-feira.

 

O presidente Donald Trump continuou hoje a pressionar o sector tecnológico, devido à marcação cerrada sobre a retalhista online Amazon, acusando-a de custar muito dinheiro aos serviços postais dos EUA e de fugir aos impostos.

 

No entanto, muitos analistas inquiridos pela Bloomberg referem que o movimento de vendas que se observou nos últimos dias no sector se deveu também ao facto de as tecnologias estarem a ser as líderes do actual "bull market".

 

E o facto é que, hoje, nem Trump conseguiu abalar a Amazon. A retalhista online liderada por Jeff Bezos chegou a estar a cair mais de 1% mas conseguiu fechar a ganhar 1,46% para 1.392,05 dólares.

 

A retoma do sector tecnológico deu-se num dia de euforia e expectativa em torno da entrada directa da sueca Spotify na Bolsa de Nova Iorque.

 

A Spotify abriu a valer 165,9 dólares por acção, o que a avaliou em 29,55 mil milhões de dólares – contra os 20 a 25 mil milhões esperados - e encerrou nos 149,03 dólares [um ganho de 12,90% face aos 132 dólares do preço de referência fixado pela bolsa na segunda-feira ao final do dia].

 

A empresa de streaming de música tocou assim uma melodia que agradou aos investidores e contribuiu para recuperar parte das quedas da abertura da semana que colocou o Nasdaq Composite em terreno negativo no acumulado do ano.

Também a fabricante de veículos eléctricos Tesla conseguiu inverter das quedas da véspera, depois de ter dito que não há qualquer necessidade de um aumento de capital, uma vez que a produção do Model 3 está a aumentar – algo que estava a suscitar alguns receios, dado haver estimativas de que poderia não conseguir atender aos níveis de procura.

 

A empresa liderada por Elon Musk, que está cotada no tecnológico Nasdaq, fechou a disparar 5,96% para 267,53 dólares.


É certo que os investidores continuam atentos às tensões comerciais entre os EUA e a China e à evolução da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal norte-americana, mas a aproximação da época de divulgação dos resultados anuais das cotadas – que se espera que sejam robustos – está também a ajudar a contrabalançar o sentimento mais negativista que se estava a viver nos mercados accionistas.

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