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Revisão das estimativas já tirou 152 milhões de euros aos CTT

As estimativas mais pessimistas dos CTT motivaram três sessões de quedas para as acções da empresa que, neste período, acumularam uma desvalorização de quase 17% e atingiram novos mínimos.

Miguel Baltazar/Negócios
01 de Fevereiro de 2017 às 16:59
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Três sessões de fortes perdas. É este, para já, o resultado da revisão das estimativas de 2016 feita pelos CTT, na passada sexta-feira, que levou várias casas de investimento a cortar as suas avaliações e as acções a cair a pique em bolsa.  

Esta quarta-feira, os títulos da empresa postal desceram 2,99% para 5,00 euros, depois de terem chegado a cair um máximo de 4,23%, durante a sessão, para negociarem em 4,936 euros, o valor mais baixo desde que a empresa entrou em bolsa em Dezembro de 2013.

Esta desvalorização segue-se a uma descida das acções de 13,99%, na segunda-feira, e de 0,33% ontem. Nestas três sessões, os títulos acumularam uma desvalorização de 16,83%, com a capitalização bolsista da empresa a encolher em 151,8 milhões de euros.

As acções estão a reflectir, desta forma, as estimativas mais pessimistas para a empresa, em relação ao ano passado. Segundo avançou a gestão dos CTT, na sexta-feira, a redução de 4,2% do correio no quarto trimestre deverá implicar uma diminuição entre "4% e 5% nos rendimentos operacionais de 2016".

A actualização das estimativas levou várias casas de investimento a descerem o preço-alvo das acções da empresa liderada por Francisco Lacerda e empurrou os títulos para a sua pior sessão de sempre em bolsa, na segunda-feira.

Este desempenho levou mesmo a CMVM a proibir a venda a descoberto dos CTT – "short selling" – na sessão de ontem, uma proibição que já não esteve hoje em vigor.

Logo na segunda-feira, o BPI reviu em baixa a sua avaliação dos CTT de 7,0 euros para 6,80 euros, enquanto o JPMorgan baixou a recomendação de "overweight" para "underweight", e cortou o preço-alvo em 32% para 6,05 euros.

O Barclays reduziu o "target" para 8,00 euros e o Haitong suspendeu a cobertura.

Apesar da revisão das estimativas, a empresa de correios reafirmou "que poderá propor um dividendo mínimo de 0,48 euros por acção para 2016, pagável em 2017", um valor que corresponde a um crescimento de 2,1% face a 2015.

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