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CTT: De novo mínimo histórico aos ganhos em menos de duas horas
A empresa de serviço postal já tocou num mínimo histórico mas entretanto já recupera e está no verde. Na última sexta-feira, a cotada foi alvo de um novo corte na avaliação.
As acções dos CTT estão a registar uma grande volatilidade na sessão desta segunda-feira, 6 de Fevereiro. Em uma hora e meia de negociação, as acções tocaram em mínimo histórico mas conseguiram inverter a tendência e recuperam.
O título abriu a subir 0,50% para 5,038 euros tendo depois recuado 1,76% para 4,925 euros, o valor mais baixo de sempre. Contudo, pelas 9:30, a acção subia 0,72% para 5,049 euros.
A líquidez do título, para já, é baixa. Já trocaram de mãos mais de 218 mil acções quando a média diária dos últimos seis meses é superior a 775 mil títulos. Tendo em conta a actual cotação, os CTT têm uma capitalização bolsista superior a 753 milhões de euros. Desde o início do ano, o título já recuou 22,02%.
A 27 de Janeiro, a empresa liderada por Francisco Lacerda reviu as estimativas para os seus números relativos ao ano passado, o que tem vindo a penalizar a cotada. No final do mês passado, os CTT comunicaram ao mercado que estimavam que a redução de 4,2% do correio no quarto trimestre implicasse uma redução entre "4% e 5% nos rendimentos operacionais de 2016".
A previsão anterior apontava para uma descida do correio próxima de 3%, mas os feriados que ocorreram no final do ano levou a que a queda fosse superior. Por outro lado, as "iniciativas de crescimento de receita", que teriam um "impacto limitado", não terão qualquer impacto nos rendimentos em 2016.
A partir de então a cotada tem vivido dias sobretudo negativos, com os bancos de investimento cortaram as suas previsões para reflectirem os novos dados. A 30 de Janeiro, dia em que os CTT encerram a cair 13,99%, a JP Morgan reduziu a sua avaliação para a empresa de "overweight" para "underweight". Na nota emitida, e citada pela Bloomberg, o analista reduziu também a avaliação que faz da cotada liderada por Francisco Lacerda. Assim, o banco de investimento estabeleceu um preço-alvo de 6,05 euros para os CTT, o que corresponde a uma revisão em baixa de 32,4%, ou 2,90 euros, face ao "target" que tinha em Novembro (8,95 euros).
Na última sexta-feira, o CaixaBI cortou o preço-alvo atribuído às acções dos CTT em 16% de 8,80 para 7,40 euros. A recomendação manteve-se em "comprar". O corte na avaliação aos CTT decretado pelos analistas do CaixaBI é justificado com a necessidade de reflectir a revisão em baixa das perspectivas para os resultados alcançados em 2016 feita há precisamente uma semana pela cotada liderada por Francisco Lacerda.