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Raize estreia-se na Euronext mais de quatro anos depois da última OPV

O arranque da negociação está marcado para as 10:30 (hora de Lisboa) de hoje.

José Maria Rego e Afonso Eça tocaram o sino da bolsa na sexta-feira Tiago Sousa Dias
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Foi a 12 de Fevereiro de 2014 que a Espírito Santo Saúde (ESS) dispersou capital na bolsa portuguesa. A data ganhou relevo pois foi preciso decorrerem mais de quatro anos para que a praça portuguesa conseguisse uma nova estreia. Isto numa altura em que a ESS já foi alvo de uma OPA, mudou de nome e está prestes a sair de bolsa.

 

Mas antes que isso aconteça há uma estreia na praça portuguesa. É esta quarta-feira, 18 de Julho de 2018, que a Raize vai dispersar as suas acções no Euronext Access, o antigo mercado Easynext.

 

O início da negociação dos títulos da fintech está agendado para as 10:30 (hora de Lisboa)

 

Na OPV, foram vendidas 750.000 acções, representativas de 15% do capital da empresa. Foram 1.419 os investidores a participar nesta operação, tendo pago 2 euros por cada título, o que avalia a companhia em 10 milhões de euros.

 

A procura superou em 3,7 vezes a oferta, sendo que todos os investidores de retalho receberam pelo menos 500 acções da empresa.

 

No que diz respeito aos investidores institucionais, participaram na operação a "SGF - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, do investidor Ilídio Pinho/IP-Holding (fundador do Banco BIG, do BCP e de outras sociedades financeiras de referência) e do investidor António Aguiar Moreira, antigo responsável pela Base Holding SGPS, que foi vendida à Unilabs em 2017".

 

Depois desta oferta inicial, e para reforçar a liquidez da acção, após admissão à negociação, serão disponibilizadas acções representativas de 10% do capital durante um período de seis meses. Assim, será colocado em bolsa um total de até 25% do capital da Raize. 

 

A empresa terminou o ano de 2017 com um resultado líquido negativo de 20.968 euros, o que compara com os prejuízos de 62.905 euros obtidos um ano antes. A margem financeira foi também negativa em 2.028 euros, enquanto o produto bancário foi de  264.341,5 euros, mais 188,6% do que um ano antes.

A "fintech" que gere uma bolsa de empréstimos a PME  já financiou 15,5 milhões de euros, num total de 774 operações realizadas. Tem um universo de 30.810 investidores particulares.

(notícia corrigida para dar conta que hora de estreia é às 10:30)

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