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Pharol duplica de valor em bolsa em duas semanas

As acções da accionista da Oi recuperaram 140% desde os mínimos registados quando a operadora brasileira pediu recuperação judicial.

17º - Luís Palha da Silva – Pharol: 172,5 mil euros
07 de Julho de 2016 às 10:41
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O pedido de recuperação judicial da Oi colocou a Pharol em queda livre na bolsa e atirou as acções da companhia para mínimos. Mas depois de terem tocado no mínimo histórico de 0,075 euros, a 22 de Junho, os títulos da cotada liderada por Palha da Silva encetaram uma forte recuperação, tendo desde então já mais do que duplicado.

 

As acções da Pharol estão esta quinta-feira, 7 de Julho, a valorizar 10,46% para 0,169 euros, mantendo a tendência de forte alta das últimas sessões, sendo que na última avançaram 24,39%.

 

Hoje os títulos já dispararam 17,65% para 0,18 euros, a cotação mais elevada desde Março deste ano e que representa uma valorização de 140% no espaço de duas semanas, quando comparada com o mínimo histórico de 0,075 euros fixado a 22 de Junho.

 

Apesar desta recuperação acentuada, as acções da Pharol acumulam ainda um saldo negativo no conjunto de 2016. Perdem 21,78%, estando a cotada agora avaliada em bolsa em 151,5 milhões de euros.

 

A alta das acções segue o desempenho da brasileira Oi, que também tem recuperado fortemente (nas duas últimas sessões ganhou mais de 6% em cada uma). A operadora brasileira, que continua em processo de recuperação judicial, volta esta quinta-feira a ser notícia. Ontem as acções ordinárias da Oi subiram 15,42% para 2,47 reais e as prefernciais valorizaram 7,14% para 1,50 reais.

 

A operação de fusão entre a Oi e a Portugal Telecom, anunciada em 2013, está a ser averiguada pela brasileira Comissão de Valores Mobiliários, sendo que a combinação de negócios entre a empresa portuguesa e brasileira, e as "alegadas irregularidades" na avaliação dos activos da PT que seriam integrados na Oi, em 2014, são os dois momentos em análise.

 

A subida mais acentuada das últimas sessões surge depois do Novo Banco ter anunciado que vendeu 3% da empresa por 4,57 milhões de euros, já que foi vendido um lote de acções, fora de bolsa, por 0,17 euros. Uma cotação superior à do mercado na altura em que a operação foi realizada.

 

Na sequência desta operação, o fundo irlandês Hestia Investments DAC, constituído em Setembro de 2015, passou a deter uma participação qualificada de 4,7% do capital social e dos direitos de voto da Pharol.

 

A contribuir para a tendência de alta da Pharol terá estado também a aposta do CEO da companhia na cotada.

 

Segundo foi anunciado a 27 de Junho, o presidente da administração da Pharol comprou mais 100 mil acções da entidade, reforçando a sua posição para 0,022% do capital, num investimento de 8.500 euros.

  

 

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