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Pharol volta a afundar mais de 8% em dois dias

A guerra de poder na Oi está bem acesa e está a provocar quedas acentuadas na Pharol. As acções estão a acumular uma descida superior a 8% nos últimos dois dias, com um volume acima da média.

Luís Palha da Silva foi apontado presidente executivo ainda a Pharol tinha a  designação de PT SGPS. O mandato terminou em Dezembro de 2017, ano em que a empresa adoptou a solução de a gestão do dia-a-dia ser assegurada por um administrador-delegado, que é Palha da Silva.
Pedro Elias
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As acções da Pharol voltaram às quedas acentuadas, numa altura em que a guerra em torno da Oi, operadora brasileira detida em mais de 20% pela portuguesa, está ao rubro. 

A Pharol está a descer esta quinta-feira quase 3% para 0,206 euros, elevando para quase 8,5% a queda em dois dias. E o volume tem sido elevado. Em cerca de duas horas de negociação já trocaram de mãos mais de sete milhões de acções da Pharol, quando a média diária dos últimos seis meses é de 7,7 milhões. Desde o início deste ano os títulos da Pharol já perdem mais de 18%. 

A contribuir para este desempenho está a guerra no seio da Oi, mais especificamente em torno do plano de recuperação da brasileira. A Pharol está contra os contornos da operação e tem tentado travar a operação tal como está desenhada. 

Os últimos desenvolvimentos estão relacionados com o afastamento de alguns administradores, entre eles o presidente executivo da Pharol, Palha da Silva. Uma decisão que foi proferida pelo tribunal que está a acompanhar o plano de recuperação da Oi. Esta decisão suspendeu os direitos dos accionistas.

Os avanços e recuos do aumento de capital

A Pharol foi uma das accionistas que se mostrou contra o plano de recuperação (um processo iniciado em 2016 visando reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais [cerca de 16 mil milhões de euros]) aprovado em assembleia de credores em Dezembro, que foi promovido pelo seu presidente, Eurico Teles, por determinação judicial, sem ter ido a aprovação do então conselho de administração da Oi. 

 

Para tal, a empresa liderada por Palha da Silva convocou uma AG que decorreu a 7 de Fevereiro e os accionistas presentes aprovaram a propositura de acções contra os directores da empresa e a sua substituição.

 

Mas, logo no dia seguinte, a Pharol teve uma derrota judicial na intenção de substituir a gestão da Oi, uma vez que a justiça do Brasil concordou com a intenção da operadora brasileira de suspender as deliberações tomadas na assembleia geral extraordinária convocada pela empresa portuguesa.

 

Entretanto, esta terça-feira, 6 de Março, nova reviravolta: a Pharol conseguiu travar o aumento de capital da Oi previsto no plano de recuperação. Segundo um comunicado da empresa portuguesa, a Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM) do Brasil "decidiu deferir parcialmente o pedido de medidas de urgência apresentado pela Bratel". 

 

A CAM deliberou então que a Oi ficava proibida de avançar com o aumento de capital, que é um factor fundamental no processo de recuperação da operadora. Contudo, no comunicado de hoje, e citando o referido tribunal do Rio de Janeiro, a empresa brasileira diz ter luz verde para avançar com o aumento de capital previsto.

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