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Pharol eleva para mais de 8% a queda em dois dias

A Oi voltou a adiar a reunião de credores. O plano de recuperação judicial da operadora está num impasse. A Pharol, que detém mais de 20% da operadora de telecomunicações brasileira, está a reagir com uma forte queda.

Reuters
10 de Novembro de 2017 às 10:07
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As acções da Pharol estão a registar uma queda acentuada esta sexta-feira, 10 de Novembro, recuando 4,61% para 0,393 euros, elevando para 8,39% a descida acumulada nos últimos dois dias.

 

A descida das acções da empresa liderada por Palha da Silva está relacionada com a Oi, que ontem desceu mais de 6% na praça brasileira.

 

Em causa está o impasse em que está o plano de reestruturação judicial. A Oi voltou a adiar a assembleia geral de credores, que estava agendada para esta sexta-feira. A nova data foi fixada em 7 de Dezembro.

 

Este adiamento surge depois do regulador do mercado de comunicações brasileiro (Anatel) ter travado a assinatura da proposta de recuperação judicial aprovado na sexta-feira passada, 3 de Novembro, pelo conselho de administração da Oi, um plano que foi aprovado "por maioria, com três votos contrários". A aprovação do plano de recuperação levantou críticas entre os principais credores internacionais, que acusam a empresa de ter rejeitado uma proposta alternativa.

 

A Anatel reagiu a seguir, travando a assinatura da proposta de recuperação judicial, exigindo que a Oi apresentasse formalmente os documentos de forma a permitir uma avaliação prévia do acordo. A Oi pediu um alargamento do prazo. A Anatel recusou dando até às 16:00 (hora de Lisboa) desta quinta-feira, 9 de Novembro, para que a operadora entregasse todos os documentos. O prazo já terminou, ainda que não sejam conhecidos mais pormenores.

 

A própria Anatel é uma das maiores credoras da Oi, com a operadora a acumular coimas que ronda os 11 mil milhões de reais (três mil milhões de euros).

 

Desde 20 de Junho do ano passado que a Oi e as suas seis subsidiárias se encontram em recuperação judicial, uma medida que visa evitar a falência do grupo. Nas semanas anteriores à entrega do pedido de recuperação, a Oi e os credores não conseguiram encontrar uma solução para a renegociação da dívida que se situava em 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros). Mas desde então ainda não conseguiu encontrar consensos que permitam reestruturar dívida e recuperar a operadora de telecomunicações.

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