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Onda vermelha varre Europa com bolsas a descerem mais de 1%
A tensão no Médio Oriente está a deixar os investidores preocupados, depois da Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, bombardear rebeldes xiitas no Iémen que, segundo Riade, são apoiados pelo Irão, outras das potências regionais.
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As bolsas europeias continuam em queda livre na sessão desta quinta-feira, 26 de Março. A praça de Atenas lidera as quedas na Europa e desce 3,86%. A bolsa grega está a ser pressionada pela queda de 8,91% da banca, com destaque para as descidas do National Bank (-10,32%), Alpha Bank (-9,74%) e do Piraeus Bank (-8,51%).
O índice Stoxx 600 – que junta as 600 maiores cotadas europeias – está a recuar 1,38% para 392,47 pontos. As quedas na Europa são lideradas, precisamente, pelos bancos gregos National Bank e Alpha Bank. A contribuir para a queda do Stoxx 600 estão as quedas superiores a 2% do sector dos serviços financeiros, de seguros e de tecnologia.
Nas principais praças do Velho Continente as descidas a registar são superiores a 1%, como em Londres (-1,20%), Paris (-1,14%), Frankfurt (-1,40%) e Milão (-1,55%).
A praça portuguesa regista uma queda de 1,46% para 5.927,61 pontos. A pressionar está a queda de 2,95% do BCP para os 9,22 cêntimos. Isto no dia em que em que o BCP vendeu 15,41% da sua posição no polaco Bank Millennium por 304 milhões de euros, ficando agora com uma fatia de 50,1%.
As praças europeias estão em queda pelo segundo dia consecutivo e estão a caminho da sua maior desvalorização em dois dias no espaço de três meses. A preocupar os investidores está a tensão geopolítica no Médio Oriente.
A Arábia Saudita, o maior produtor mundial de petróleo, está a atacar rebeldes xiitas no vizinho Iémen. A situação está a preocupar os mercados, pois os rebeldes contam com o apoio do Irão, uma das potências regionais, segundo acusações da Arábia Saudita. O Irão, por seu turno, já criticou publicamente os ataques aéreos que deixaram "alguns iemenitas inocentes feridos e mortos". Fonte oficial do Governo iraniano disse que estes ataques são "um passo perigoso", segundo a Associated Press.
"É tudo sobre o aumento do nível de tensão no Médio Oriente com os ataques aéreos sauditas no Iémen", disse à Bloomberg o analista Espen Furnes da Storebrand Asset Management. "As fortes movimentações no preço das acções este ano tornam-nos mais vulneráveis a uma pequena correcção".
Já os mercados petrolíferos negoceiam em alta. O preço do barril em Nova Iorque está a subir 2,66% para 50,52 dólares, enquanto em Londres o Brent ganha 3,06% para 58,21 dólares.