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Nvidia carrega S&P 500 e Nasdaq ao colo para novos máximos históricos

Wall Street terminou em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a tocarem máximos históricos ao longo da sessão e no valor de fecho mais alto de sempre.

Reuters
22 de Fevereiro de 2024 às 21:47
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Os principais índices em Wall Street encerraram em alta esta quinta-feira, deixando para trás as sessões mistas dos últimos dias. Os resultados e as perspetivas positivas da Nvidia, que apresentou contas ontem após o fecho da sessão, estiveram a sustentar os ganhos.

O S&P 500, referência para a região, somou 2,11% para 5.094,39 pontos - o valor de fecho mais alto de sempre - depois de ter chegado ao longo da negociação a atingir máximos históricos nos 5.094,39 pontos.

Por sua vez, o industrial Dow Jones ganhou 1,18% para 39.069,11 pontos, encerrando acima da fasquia dos 39 mil pontos pela primeira vez na sua história e chegando a tocar os 39.149,61 pontos na sessão.

Já o tecnológico Nasdaq Composite pulou 2,96% para 
16.041,62 pontos.

A Nvidia disparou 16,4% para os 785,38 dólares - um novo máximo histórico. No quarto trimestre do último exercício fiscal, terminado a 28 de janeiro, as receitas ascenderam a 22,1 mil milhões de dólares, um crescimento de 22% face aos três meses anteriores e de 265% em termos homólogos. Este valor ficou acima do esperado pelos analistas, que apontavam para 20,41 mil milhões.

"O mundo anda ao sabor da Nvidia", disse em tom de brincadeira, à Reuters, Jack Janasiewicz, estratega da Natixis.

"O que estamos a ver é uma tempestade perfeita de uma empresa pioneira, combinada com uma quota de mercado de 80% e perspetivas de crescimento numa área que pode potencialmente transformar não só o setor da tecnologia mas também o funcionamento de muitas indústrias", acrescentou Gerald B. Goldberg, diretor executivo da GYL Financial Synergies, à CNBC.


À boleia de uma forte procura por "chips" no atual trimestre fiscal a tecnológica diz esperar receitas de 24 mil milhões de dólares, acima dos 21,9 mil milhões estimados, em média, pelos analistas.

Outras cotadas vistas como beneficiárias do dinamismo em torno da inteligência artificial também valorizaram. A AMD subiu 10,69%, a Super Micro Computer cresceu 32,87% e a Arm Holdings avançou 4,17%.

Os investidores avaliaram também os números dos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, que na semana passada voltaram a cair mais do que o esperado, mostrando continuada robustez no mercado laboral.

Esta quarta-feira foram ainda conhecidas as atas da reunião de janeiro da Reserva Federal, em que o banco central optou por deixar as taxas de juro inalteradas. A maioria dos responsáveis da Fed alertou nesse encontro para os riscos de um corte das taxas de juro de referência demasiado cedo, que superam os de manter os juros elevados durante demasiado tempo.

As minutas dão também conta de que os decisores da Fed se mantêm atentos à trajetória da inflação e alguns membros mostraram preocupação de que o progresso no combate à elevada inflação poderá estagnar. Ficou também evidente a "incerteza" sobre quando se devem iniciar os primeiros cortes de juros.

A mensagem foi em linha com o que tem sido entendido pelo mercado. Os "traders" apontam agora para que a primeira redução das taxas diretoras apenas aconteça a partir de junho. No início do ano as previsões indicavam maio como o mês decisivo.
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