As acções da Mota-Engil iniciaram a sessão desta segunda-feira, 25 de Novembro, em terreno negativo, tendo chegado a perder 1,38%. Mas passados 15 minutos após a abertura do mercado, os títulos inverteram a tendência e já tocaram no nível mais alto desde Novembro de 2009: 4,014 euros. 

Os títulos valorizaram um máximo de 2,53% para os 4,014 euros e seguem agora a ganhar 0,77% para os 3,945 euros. 

A cotada prolonga assim o forte ganho registado na sexta-feira. As acções chegaram a disparar mais de 8% após ser anunciado que a empresa pretende colocar a sua subsidiária africana no mercado londrino. 

A empresa espera com esta estratégia "ter acesso a uma comunidade de investidores globais com fortes interesses e apetência pelos negócios desenvolvidos no continente africano, acompanhada da realização, a realização de um aumento de capital da Mota-Engil África por entradas em dinheiro, reservado a accionistas da Mota-Engil SGPS".

Os analistas aplaudiram esta notícia mas alertam que pode haver fuga de investidores da casa-mãe. "A cisão [da Mota-Engil África] parece ser uma forma muito inteligente de gerir as actividades africanas e de cristalizar valor", defende António Seladas, responsável pelo departamento de "research" do Millennium IB.

O BPI, na sua nota de "research" se sexta-feira, destacava que "alguns investidores, anteriormente com vontade de ganhar acesso a África através da Mota-Engil, poderão mudar-se para a nova empresa". Já o CaixaBI alertava que "a Mota-Engil arrisca ver parte da liquidez do seu título ser desviada para a nova subsidiária cotada, o que poderá reduzir o apelo futuro da empresa".

(Notícia actualizada às 09h32)