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África e estabilização da economia levam construtoras a máximos

O sector da construção registou valorizações entre os 6% e 16% nesta terça-feira, prolongando os ganhos das últimas sessões e renovando novos máximos. A dispersão da filial africana da Mota-Engil no mercado de Londres e a estabilização da economia estarão a impulsionar o sector.

26 de Novembro de 2013 às 18:15
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A Mota-Engil avançou 6,24% para 4,344 euros por acção e foi a cotada portuguesa do sector que menos subiu, numa sessão em que o sector foi tomado por fortes ganhos. Ainda assim, a cotada liderada por Gonçalo Moura Martins foi a que renovou máximos mais antigos, ao fechar a sessão no valor máximo de encerramento de Setembro de 2009.

 

A construtora acumula uma valorização superior a 20% desde que anunciou que está a preparar a dispersão na bolsa de Londres da sua subsidiária para o mercado de África e América Latina. Uma decisão que deverá aumentar a visibilidade das operações detidas em economias emergentes, onde outras construtoras portuguesas também estão presentes.

 

No restante sector da construção, a Teixeira Duarte disparou 16% para 0,87 euros para um máximo de Novembro de 2010. Já a Soares da Costa, que anunciou esta tarde um aumento de capital de 70 milhões de euros e um acordo estratégico com António Mosquito, alcançou 14,29% para 0,32 euros. O acordo passa pela aquisição de uma participação de 66,7% do capital da unidade de construção da Soares da Costa pelo empresário angolano.

 

A impulsionar as acções do sector poderá estar a dispersão de capital da Mota-Engil África, bem como a “estabilização” da economia portuguesa.

 

Pedro Lino, gestor de activos da Dif Brokers, associa a subida das cotadas portuguesas da construção Teixeira Duarte e Soares da Costa à decisão anunciada pela Mota-Engil, na passada sexta-feira.

 

“O facto de a Mota-Engil ter [anunciado que pretende] colocar a subsidiária para a África e América Latina no mercado em Londres deu aos investidores a expectativa de que esta entrada dará maior visibilidade” aos resultados das operações detidas nos mercados emergentes, afirmou o gestor de activos da Dif Brokers, Pedro Lino, ao Negócios. “O que acho é que os investidores estão a descontar que as outras operadoras irão seguir o mesmo caminho”, acrescentou.

 

Rui Bárbara, gestor de activos do Banco Carregosa, citou ainda a “estabilização” das economias do Sul da Europa, que promove a rendibilidade das empresas e sectores mais expostos ao ciclo económico, como é o caso da construção.

 

“Houve uma noção de estabilização da economia portuguesa e do sul da Europa que é positiva para as empresas dos sectores mais ligados à economia interna”, referiu. “As empresas mais cíclicas são as que mais beneficiam” das perspectivas menos negativas no plano macroeconómico.

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