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Mercados enfrentam três grandes riscos geopolíticos esta semana

Os riscos geopolíticos vão marcar o ritmo nos mercados bolsistas esta semana.

Reuters
05 de Junho de 2017 às 12:31
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A Bloomberg compilou os três grandes eventos que podem afectar a confiança dos investidores esta semana. A decisão de um conjunto de países, liderado pela Arábia Saudita, de cortarem as relações diplomáticas com o Qatar "é apenas o primeiro" risco geopolítico a marcar a agenda desta semana.

 

Instabilidade política em torno do Qatar

Bahrein, Egipto, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Iémen anunciaram o rompimento de relações diplomáticas e o corte de ligações aéreas e marítimas com o Qatar, acusando o país de ingerência e de apoiar o terrorismo.  

 

Esta tomada de posições está a provocar alguns receios em torno daquela região. E levou a uma queda superior a 7% da bolsa do Qatar e fez com que várias cotadas do Qatar afundassem o máximo permitido, que é de 10%. Entre elas estão a Qatar Gas Transport (em mínimos de Maio de 2013), a Qatari Investors (mínimo de Outubro), a Gulf International Services (mínimos de 2012) e a Aamal (mínimos de Fevereiro de 2016).

O petróleo também reagiu ao anúncio de corte de relações, tendo chegado a subir mais de 1,5%. Em causa estão os receios em torno da instabilidade na região e a possível quebra das negociações no seio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

 

Entretanto esta matéria-prima atenuou a subida. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 0,20% para 50,05 dólares, tendo chegado a avançar 1,58%.

 

Eleições no Reino Unido

O Reino Unido vai a votos na próxima quinta-feira, 8 de Junho, e as sondagens apontam para que Jeremy  Corbyn esteja mais próximo de Theresa May, apesar da actual primeira-ministro continuar a liderar as sondagens.

May estará assim na iminência de não ver concretizada a sua estratégia, já que a decisão de convocar eleições antecipadas se deveu ao facto de a primeira-ministra pretender aproveitar a grande vantagem nas sondagens para reforçar a posição dos "tories". A governante pretendia também reforçar o seu próprio mandato com vista à negociação do Brexit, conferindo-lhe maior legitimidade eleitoral já que a governante sucedeu a Cameron sem ter sido eleita. 

A libra tem oscilado entre ganhos e perdas pouco acentuados nos últimos tempos. Esta segunda-feira a subida é ténue. 

Ex-director do FBI em audição no Senado

James Comey foi despedido por Donald Trump da liderança do FBI e vai prestar declarações no Senado, no comité de Inteligência, na quinta-feira. A audição vai incidir sobre as conversas que teve com o presidente dos EUA relacionadas com as suspeitas de interferência da Rússia nas eleições de 2016

 

Esta audição, muito aguardada, poderá provocar oscilações nas bolsas dos EUA e no dólar. 

A demissão de James Comey ocorreu no início de Maio e a reacção dos mercados foi significativa. O dólar perdeu valor contra as principais congéneres, ainda não tendo recuperado o valor.

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