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Bolsa do Qatar regista a maior queda desde 2009

São várias as cotadas do Qatar que estão a afundar o máximo permitido: 10%, depois de estalar uma crise diplomática entre este país e outros cinco países árabes. O petróleo chegou a subir mais de 1,5%, mas já atenuou os ganhos.

Reuters
05 de Junho de 2017 às 11:23
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O principal índice bolsista do Qatar desce 7,74% para 9.155,57 pontos, tendo chegado a ceder mais de 8%, recuando assim para mínimos de Janeiro de 2016. 

 

Apesar de a bolsa estar a negociar em mínimos de pouco mais de um ano, a dimensão da queda é a maior desde 2009, revela a Bloomberg. E a queda está a ser acompanhada por um volume elevado: trocaram de mãos quatro vezes mais acções do que a média diária. 

 

A queda pronunciada da bolsa do Qatar está relacionada com o corte de relações diplomáticas que cinco países árabes anunciaram. Bahrein, Egipto, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Iémen anunciaram o rompimento de relações diplomáticas e o corte de ligações aéreas e marítimas com o Qatar, acusando o país de ingerência e de apoiar o terrorismo.  

 

Esta tomada de posições está a provocar alguns receios em torno daquela região e a levar a que várias cotadas do Qatar afundem o máximo permitido, que é de 10%. Entre elas estão a Qatar Gas Transport (em mínimos de Maio de 2013), a Qatari Investors (mínimo de Outubro), a Gulf International Services (mínimos de 2012) e a Aamal (mínimos de Fevereiro de 2016).

 

O petróleo também reagiu ao anúncio de corte de relações, tendo chegado a subir mais de 1,5%. Em causa estão os receios em torno da instabilidade na região e a possível quebra das negociações no seio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

 

Entretanto esta matéria-prima atenuou a subida. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 0,20% para 50,05 dólares, tendo chegado a avançar 1,58%.

O principal índice bolsista do Qatar está a ter um comportamento atípico este ano, quando comparado com os seus congéneres. O índice cai perto de 12% desde o início do ano, enquanto os mercados emergentes estão a subir mais de 18%. A Bloomberg diz mesmo que o índice do Qatar é o que está a ter o pior desempenho no mundo este ano.

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