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Confusão de Oculus leva acções a duplicarem de valor
A bolsa de Nova Iorque viveu esta tarde um momento pouco comum: os investidores trocaram a empresa que foi adquirida ontem pelo Facebook por uma cotada com um nome semelhante.
Os investidores confundiram a empresa comprada pelo Facebook por outra com um nome semelhante, o que levou as acções a mais do que duplicarem de valor. Já a empresa que foi comprada pela rede social não está sequer cotada em bolsa.
Já ouviu falar da Oculus Visiontech? É uma empresa criada a 18 de Abril de 1986, que desenvolve tecnologia para os media digitais. A marca inclui soluções anti-pirataria nos seus produtos. Actualmente, também trabalha em canais interactivos e em serviços “vídeo-on-demand”.
A Oculus Visiontech esteve a valorizar 154,69% no início da negociação da praça de Nova Iorque. Só que 25 minutos depois (13h55, hora de Lisboa) da abertura da bolsa de Wall Street, (13h30), as acções foram suspensas de negociação. O regulador pediu mais informação à empresa – um procedimento rotineiro quando se registam variações pouco habituais no mercado bolsista.
Às 15h14 foi emitida esta informação: “a Oculus Visiontech nega qualquer relação com [o negócio] Facebook/Oculus VR”. O negócio foi anunciado na terça-feira, 25 de Março, numa publicação do perfil pessoal do fundador da rede social, Marc Zuckerberg. O Facebook vai comprar a Oculus VR por 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,44 mil milhões de euros).
A Oculus VR começou através da plataforma Kickstarter – plataforma de “crowdfunding” (qualquer pessoa pode financiar a criação de uma empresa) – e dedica-se ao desenvolvimento de produtos de “realidade virtual”, quer em jogos, quer em experiências de “imersão”.
Depois de os investidores “descerem à terra”, as acções da Oculus Visiontech estão a desvalorizar 3,12%. Cada título vale 0,155 dólares.