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IBEX lidera perdas na Europa pressionado pela América Latina

O índice de referência madrileno liderou as perdas entre os pares europeus, num dia marcado pela volatilidade das divisas da América Latina no mercado cambial. Isto, depois de a Argentina ter retirado alguns dos controlos que apoiavam o valor do peso.

Bloomberg
24 de Janeiro de 2014 às 19:12
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O IBEX desvalorizou 3,7% na sessão desta sexta-feira e mais do que anulou os ganhos que acumulara desde o início do ano ao encerrar nos 9.864,60 pontos. O índice de Madrid liderou as perdas na Europa, num dia em que o índice de referência para o Velho Continente Stoxx 600 caiu 2,33% para 324,94 pontos.

 

Entre as restantes praças europeias as perdas saldaram-se entre a desvalorização de 1,7% do britânico Footsie e a queda de 3,40 do grego ASE/FTSE.

 

As descidas ocorrem depois de o banco central da Argentina ter decidido reduzir os controlos sobre o valor do peso, após ter permitido que a divisa depreciasse face ao dólar, renovando um mínimo de 2002. O país está a alterar a política monetária em resposta à crise financeira que atravessa e à queda das reservas de moeda estrangeira.

 

A depreciação do peso argentino começou por contagiar outras divisas de mercados emergentes, levando moedas como o relativamente sólido peso mexicano, a lira turca e o rublo russo a desvalorizarem. Os índices accionistas de mercados emergentes acabaram por também registar perdas, à semelhança dos índices europeus e norte-americanos.

 

O BBVA foi o banco que mais contribuiu para a tendência do IBEX, ao recuar 5,14% para 8,85 euros. A sua presença na América Latina, e na Argentina em particular, faz com que a depreciação da divisa argentina tenha impacto directo sobre os lucros do banco espanhol. O peso argentino recua 1,9% face ao dólar levando-o a depreciar 18% na semana, segundo a Bloomberg.

 

As acções europeias acompanharam a tendência dos principais índices mundiais, com os investidores a reduzirem a exposição a activos de risco como acções. Em contrapartida, as obrigações soberanas de países como a Alemanha e os Estados Unidos da América valorizaram, levando a uma descida das taxas de juro implícitas nestes activos de refúgio.

 

Os investidores estarão a reduzir a exposição a activos de risco, depois dos fortes ganhos acumulados pelas acções globais. O Stoxx 600 corrigiu partes dos ganhos acumulados nos últimos meses e que levaram o índice de referência a renovar máximos de meados de 2007, já esta semana. 

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