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Dow Jones regista o pior desempenho semanal desde Maio de 2012
Investidores fugiram dos activos de risco e geraram forte quedas nos mercados bolsistas. O índice que reúne os principais mercados mundiais registou a maior queda desde Junho e em Wall Street viveu-se a pior semana desde Maio de 2012.
Estas quedas são explicadas pela instabilidade que se viveu nos mercados cambiais depois de o banco central da Argentina ter decidido reduzir os controlos sobre o valor do peso e ter permitido que a divisa depreciasse face ao dólar. O peso renovou mínimos de 2002, numa altura em que o país está a alterar a sua política monetária em resposta à crise financeira que atravessa e à queda das reservas de moeda estrangeira.
Em resposta a esta decisão os mercados bolsistas registaram fortes quedas um pouco por todo o mundo, já que os investidores optaram por apostar em activos com menos risco, como as obrigações norte-americanas ou alemãs.
Em Wall Street, o Dow Jones completou - com a queda de hoje - a pior semana desde Maio de 2012. O índice industrial caiu 1,96% para os 15.879,11 pontos.
O índice tecnológico Nasdaq recuou 2,15% para os 4.128,172 pontos e o S&P 500 caiu 1,91% para os 1.793,53 pontos.
O índice que reúne os principais mercados mundiais - o MSCI Mundial - caiu perto de 2%, a maior queda desde o passado mês de Junho.
Na Europa, o Ibex-35 foi o índice que mais sofreu com a decisão do banco central da Argentina. O mercado de Madrid perdeu 3,7% e mais do que anulou os ganhos que já registava desde o início do ano. O índice de referência para o Velho Continente Stoxx 600 caiu 2,33% para 324,94 pontos.
Entre as restantes praças europeias as perdas saldaram-se entre a desvalorização de 1,7% do britânico Footsie e a queda de 3,40 do grego ASE/FTSE. O PSI-20 registou a queda menos acentuada ao cair 0,97%.
A depreciação do peso argentino contagiou outras divisas de mercados emergentes, levando moedas como o relativamente sólido peso mexicano, a lira turca e o rublo russo a desvalorizarem.