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Europa no vermelho com nervosismo após vitória do Syriza

As bolsas europeias seguem em queda mas só Lisboa e Atenas perdem mais de 1%. O euro está a subir depois do mínimo de 11 anos.

Alexis Tsipras terá agora a missão de liderar um Governo, em coligação
Reuters
26 de Janeiro de 2015 às 08:44
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Foi com nervosismo que os mercados bolsistas europeus receberam a notícia da vitória do Syriza. As bolsas do Velho Continente estão em queda ainda que já tenham estado em terreno positivo por breves instantes.


Os investidores não gostam de incertezas e a eleição de um partido que nunca esteve no poder – e que contesta a política de austeridade generalizada pela Europa – traz alguma indefinição para a região. É nesse sentido que as bolsas europeias cedem terreno até porque, antes do sufrágio eleitoral (período em que já se antecipava a vitória do Syriza), o índice Stoxx Europe 600 tocou num máximo desde o final de 2007, em reacção ao plano de ajuda à economia da Zona Euro lançado pelo Banco Central Europeu.

 

Esta segunda-feira, o Stoxx Europe 600 perde uns ligeiros 0,09%, depois do máximo alcançado na sexta-feira. Na Europa, a evolução é também negativa, ainda que haja índices que já estiveram a negociar no verde.

 

Madrid cai 0,40%, Londres cede 0,35% e Paris 0,38%. Já o Dax perde 0,11%. Lisboa é a praça da Europa Ocidental que mais recua, com o índice a deslizar mais de 1%. Milão, ao perder 0,62%, é o índice que se segue.

 

A Grécia é a grande excepção, estando a registar uma forte desvalorização, na ordem dos 5,49%.

 

Ao mesmo tempo que as bolsas caem, o euro recupera de um início de sessão negativo. A moeda única experimentou um novo mínimo de Setembro de 2003 face ao dólar norte-americano mas segue agora a ganhar 0,30% para os 1,1237 dólares. O petróleo continua a ceder mais de 1% tanto em Londres como em Nova Iorque.

 

Já os juros da dívida dos países da Zona Euro estão ligeiramente instáveis, com subidas em praticamente todos os prazos, mas de reduzida dimensão. A Grécia é, também aqui, uma excepção, já que os investidores pedem retornos mais elevados em todas as maturidades.

 

Alexis Tsipras lidera o partido que tem agora três dias para formar um Governo. Conseguiu 36,34% dos votos, o que lhe dá 149 dos 300 lugares do parlamento helénico. A designada Coligação da Esquerda Radical ficou a dois assentos da maioria absoluta, tendo agora de procurar um parceiro de coligação ou um partido que viabilize as suas iniciativas no parlamento. A Nova Democracia, o partido de centro-direita que estava o poder, não chegou aos 28%.

 

 

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