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Euforia em Wall Street com maior ganho diário desde Natal de 2018
Depois de terem registado a pior semana desde 2008, em plena crise financeira, as bolsas norte-americanas recuperaram fôlego na sessão desta segunda-feira, com as subidas mais acentuadas dos últimos 14 meses, animadas pelas medidas ponderadas pelos bancos centrais para conter o impacto económico do coronavírus e pelo agendamento de uma reunião dos ministros das Finanças do G7 para amanhã.
O Dow Jones encerrou a somar 5,10% para 26.706,17 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 4,60% para 3.090,23 pontos.
O Dow conseguiu, pois, regressar ao patamar dos 26.000 pontos, já a aproximar-se dos 27.000, e o S&P 500 voltou a superar a fasquia dos 3.000 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite seguiu a mesma tendência de subida, fechando a ganhar 4,49% para 8.952,17 pontos.
As bolsas do outro lado do Atlântico registaram assim os maiores ganhos desde 26 de dezembro de 2018, isto depois de na semana passada terem estabelecido a pior semana desde outubro de 2008, em plena crise financeira.
A animar Wall Street neste início de semana esteve o anúncio de que os ministros das finanças do G7 e banqueiros centrais vão realizar amanhã uma conferência telefónica para determinarem as medidas a implementar no âmbito do Covid-19.
A reunião foi agendada hoje, numa altura em que as maiores economias do mundo se alinham para avançar com uma "ação concertada" de limitação do impacto da propagação do coronavírus, nomeadamente a nível de medidas dos bancos centrais.
As tecnológicas lideraram o movimento de subida, depois de sete sessões consecutivas em queda – isto num dia em que os principais decisores de política monetária, como o Japão e Reino Unido, se juntam à Reserva Federal norte-americana para avançarem com ações de suporte às suas economias, se necessário.
O Banco Central Europeu mostrou-se mais cauteloso na tomada de medidas, com a sua presidente, Christine Lagarde, a dizer que ainda é preciso provar que o coronavírus terá um impacto duradouro.
Entre as tecnológicas, destaque para a Apple, cujas ações fecharam a disparar 9,31% para 298,81 dólares, o maior ganho numa só sessão desde abril de 2014.