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Países do G-7 vão agir para conter impacto do coronavírus na economia mundial

"Vai haver uma ação concertada", revelou o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.

02 de Março de 2020 às 09:33
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O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, disse esta segunda-feira que os países do G-7 (grupo das sete principais economias do mundo) vão implementar uma "ação coordenada" para limitar o impacto económico da propagação do coronavírus na economia mundial.

 

As medidas que vão ser adotadas serão alvo de discussão numa conferência telefónica a ter luar esta semana entre os ministros das Finanças do G-7, disse Bruno Le Maire, destacando outros fóruns (como o Eurogrupo) onde o tema também será abordado.

 

"Vai haver uma ação concertada. Falei ontem com o presidente do G-7, o secretário do Tesouro dos EUA Steven Mnuchin, e esta semana vamos ter uma reunião por telefone entre os ministros das Finanças para coordenarmos as nossas respostas", disse o ministro francês à France 2, de acordo com a Reuters.   

 

O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, convocou para quarta-feira uma teleconferência para "coordenar as respostas nacionais" de cada país da União Europeia devido à epidemia do coronavírus Covid-19. O comissário europeu da Indústria, Thierry Breton, anunciou sexta-feira que Bruxelas já estava a preparar, caso se torne necessário, "medidas de apoio" aos setores económicos enfraquecidos pelo Covid-19, mas não especificou as possíveis ajudas.

 

Bruno Le Maire disse ainda que vai estar em contacto com Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu. Em declarações na sexta-feira ao Financial Times, Lagarde disse que, para já, não há motivos que justifiquem medidas de política monetária.

 

"Temos de agir para que o impacto no crescimento económico, que já sabemos ser relevante, seja o mais limitado possível", disse Le Maire.

 

A promessa de ações concertadas no G-7 acontece numa altura em que vários bancos centrais já emitiram comunicados oficiais a manifestar abertura para agir de imediato para conter os efeitos do coronavírus.

 

A Reserva Federal foi a primeira, na sexta-feira, levando o mercado a incorporar já que o banco central dos Estados Unidos vai cortar a taxa de juro em 50 pontos base este mês.

 

Esta segunda-feira o Banco do Japão prometeu "injetar liquidez para assegurar a estabilidade dos mercados financeiros" e o Banco de Inglaterra, também em comunicado, garantiu que tomará "todas as medidas necessárias para proteger a estabilidade financeira e monetária".

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