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Rascunho das conclusões do G7 não promete estímulo orçamental

A Reuters avança que o rascunho das conclusões da reunião do G7 não promete um estímulo orçamental imediato para contrariar o impacto económico do Covid-19.

Reuters
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Os ministros das Finanças das sete principais economias do mundo vão reunir-se esta terça-feira, 3 de março, por teleconferência, mas poderá não haver nenhuma promessa. Segundo a Reuters, que cita uma fonte do G7, o rascunho das conclusões da reunião exclui um apelo direto a mais gastos públicos ou a uma coordenação dos bancos centrais.

No comunicado, que deverá ser divulgado hoje ou amanhã, os países do G7 - Estados Unidos, Canadá, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Japão - irão comprometer-se a trabalhar em conjunto para mitigar o dano que o surto do coronavírus está a ter na economia mundial. Ainda assim, a mesma fonte disse à Reuters que a linguagem do comunicado poderá mudar uma vez que ainda está sob discussão.

Esta notícia desiludiu os mercados financeiros dado que a expectativa dos investidores era que houvesse medidas explícitas do G7 para compensar a travagem da atividade económica. 

A expectativa tinha sido criada ontem pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, que disse que os países do G-7 (grupo das sete principais economias do mundo) iam implementar uma "ação coordenada" para limitar o impacto económico da propagação do coronavírus na economia mundial. "Temos de agir para que o impacto no crescimento económico, que já sabemos ser relevante, seja o mais limitado possível", argumentou Le Maire.

Os futuros das bolsas norte-americanas, que recuperaram ontem das fortes quedas da semana passada, estão em terreno negativo.  Na sessão desta segunda-feira, os índices norte-americanos subiram na sequência da reação quase unânime dos bancos centrais de que estão prontos para atuar, caso seja necessário, com as medidas adequadas.

O Banco Central Europeu (BCE), que inicialmente tinha sido mais cauteloso, ajustou o discurso ontem num curto comunicado em que a presidente Christine Lagarde diz que o BCE está pronto para tomar as medidas necessárias.

No entanto, há dúvidas sobre se a ação dos bancos centrais é a mais adequada ao choque económico provocado por um problema de saúde pública a nível mundial. Por um lado, o estímulo monetário não vai trazer de volta a produção industrial se as cadeias de valor mundiais estão interrompidas. Por outro lado, os consumidores não vão gastar mais se estiverem com medo de sair de casa. Essa é a opinião da OCDE que recomenda uma maior intervenção dos Estados.
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